Brasil

Operador Nacional do Sistema discute apagão nesta quinta

O ONS (Operador Nacional do Sistema) se reúne hoje para discutir o apagão da última terça. O blecaute deixou mais de 6 milhões de pessoas sem luz em quatro regiões do país: Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte.

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Professor explica situação energética do país

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De acordo com o operador, 13 estados (todos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de Acre, Rondônia e Tocantins) mais o Distrito Federal foram afetados pela queda no fornecimento de energia após 12 linhas de transmissão desligarem automaticamente. Três minutos antes do apagão, a região Sul bateu um novo recorde de consumo, mas o órgão garante que uma coisa nada tem relação com a outra.

Análise

O professor Luís Pinguelli Rosa, da Coppe do Rio de Janeiro, diz que a onda de calor dos últimos dias tem obrigado o ONS a remanejar constantemente a carga de energia, fragilizando o sistema. “A cada momento, o ONS tem que ver onde precisa de energia e onde tem condição de operar otimamente usando a água existente. Esse jogo está mais delicado e o papel da transmissão é mais crucial”.

O uso das usinas termelétricas para compensar a falta de chuvas pode encarecer as contas de luz nos próximos meses. Uma das alternativas para o Brasil seria a construção de novos parques eólicos, mas ainda assim não haveria geração suficiente para abastecer o país, segundo Luís Pinguelli Rosa. “Ela vai atenuar. O que nós podemos fazer é botar a eólica rodando todas as que puderem enquanto houver vento para encher um pouco mais o reservatório, desligando turbinas hidráulicas. Entretanto, a eólica depende do vento, que também é incerto. Então, a complementação fatalmente acaba na térmica”.

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