Brasil

Consumo de energia no país foi recorde antes do apagão

Doze linhas de transmissão de energia foram desligadas | Marcello Casal Jr./ABr

Embora o governo descarte uma relação entre o alto consumo de energia e o apagão, que atingiu quatro regiões do país anteontem, o ONS (Operador Nacional do Sistema) revelou ontem que houve uma sobrecarga no sistema.

Às 14h, a demanda energética na região Sul bateu recorde – 17.412 megawatt. Três minutos depois, houve o desligamento de 12 linhas de transmissão que leva energia do Norte para o Sul e Sudeste.

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Durante 35 minutos, o blecaute deixou 6 milhões de pessoas sem energia em 11 Estados do país.

A causa mais provável é a sequência de dois curtos-circuitos em duas linhas da ligação Miracema-Colinas, que acionaram o desligamento de segurança do sistema. A conclusão, só será anunciada nesta quinta-feira  após reunião entre a cúpula do setor elétrico.

 

Pesquisa

Um levantamento divulgado pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infra Estrutura), constatou que desde janeiro de 2011 até o dia 4 de fevereiro deste ano, foram registrados 181 panes no sistema elétrico no país.

Na pesquisa, foram consideradas todas as falhas de energia, independentemente do tamanho, área afetada, período ou da carga interrompida.

Em 2013, foram registrados 45 blecautes com carga de eletricidade interrompida acima de 100 megawatts. Dentre eles a falta de 10.900 megawatts que aconteceu  no dia 28 de agosto afetando alguns estados do Nordeste.

Já em 2012, foram verificados 62 apagões no Brasil, com destaque para o de 26 de outubro, com carga interrompida de 12.900 megawatts, em que quatro regiões foram atingidas.

Governo poderá ajudar empresas de energia 

Por conta do alto consumo de energia provocado pela onda de calor, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que há a possibilidade do governo oferecer uma ajuda auxiliar para as distribuidoras de energia, além dos R$ 9 bilhões já previstos na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).

Ao chegar ao ministério da Fazenda, o ministro disse que ainda não está decidido de que maneira a ajuda será feita.

“Se for necessário isso será feito, mas não sabemos em que medida. Até porque nós temos que esperar mais um pouco para saber qual é o rumo que as chuvas vão tomar, se virá mais ou menos. Por enquanto, é um problema de janeiro e fevereiro”, afirmou.

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