O governo do Acre deve anunciar nos próximos dias medidas emergenciais para atender aos haitianos que estão abrigados em Brasiléia, a 237 km da capital, Rio Branco. O único abrigo da cidade, com capacidade para 450 pessoas, acolhe atualmente 1,2 mil haitianos.
O secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, afirmou ontem que, para que não haja uma tragédia por doença ou incêndio, a medida mais cabível seria fechar a fronteira ou criar um novo abrigo.
De acordo com o governo estadual, mais de 15 mil pessoas atravessaram a fronteira desde 2010, quando um terremoto de magnitude 7.0 atingiu o Haiti.
Recomendados
Temporal deixa 1,2 mil desalojados no sul do Espírito Santo
Em crime bárbaro, criança de 12 anos é vítima de estupro coletivo em aldeia indígena
Motorista que atropelou Kayky Brito se emociona ao falar sobre o assunto em programa ao vivo: ‘O trauma...
Mourão afirmou que vai fazer um relatório com detalhes sobre as condições de vida precárias no local para que o governador Tião Viana (PT) peça ajuda ao governo federal.
Os haitianos normalmente chegam ao Acre pela fronteira com o Peru. De lá, tentam seguir para São Paulo ou para Estados da região Sul do país à procura de um emprego.
De acordo com o secretário, o número de haitianos que atravessam a fronteira entre o Peru e o Acre, por dia, triplicou, quando comparado a 2010. Antes, o número de pessoas variava entre 20 e 30 por dia. Agora, até 80 pessoas atravessam a fronteira diariamente.
Número de haitianos que atravessam a fronteira com o Brasil triplicou | Marcello Casal Jr./ABr