O Detran de São Paulo enviou nesta quarta-feira um ofício ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) pedindo o adiamento do uso do simulador de direção por mais 90 dias. A obrigatoriedade de aulas no equipamento passou a valer no dia 1º.
Pela lei, os alunos precisam passar por cinco horas de aulas no equipamento, além das 20 horas de aulas práticas e 45 horas teóricas já obrigatórias. Semelhante a um videogame, ele traz todos os itens de um veículo comum e uma tela com um passeio virtual por ruas e avenidas. O aparelho ainda simula a perda de reflexos de quem dirige sob efeito de álcool.
O argumento do governo estadual é de que as autoescolas precisam de mais tempo para se adaptarem à nova medida. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também defendeu que as novas horas-aula no simulador sejam contadas como aulas práticas. Segundo ele, se não for feito desta forma, a medida está criando mais um custo, um aumento que pode chegar a R$ 200.
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Além disso, o governo afirma que a legislação pode trazer até 20% mais custos aos centros de instrução, uma vez que os equipamentos custam em média R$ 38 mil. O governo estadual também acionou o Procon para coibir cobranças abusivas nas taxas praticadas pelas autoescolas.
A Feneauto (Federação Nacional das Autoescolas) também pediu adiamento da obrigatoriedade do uso do equipamento. Segundo o presidente da entidade, Magnelson Carlos de Souza, o ideal é que o uso do equipamento seja facultativo.
Procurado, o Denatran disse que não prorrogará o prazo para adaptação.