Brasil

Dilma sanciona lei do “Mais Médicos” nesta terça-feira

A presidente Dilma Rousseff vai sancionar, nesta terça-feira, a lei do “Mais Médicos”, que garante a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para atuar no SUS (Sistema Único de Saúde) em regiões com déficit de atendimento, como periferias de grandes cidades, municípios do interior e regiões isoladas. A cerimônia ocorre no Palácio do Planalto e deve contar com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que vai apresentar um balanço do programa.

Aprovada na semana passada, a MP (Medida Provisória) 621/2013 tinha até o dia 7 de novembro para ser sancionada, mas a presidente se adiantou ao prazo. Ainda não foi informado, no entanto, se ela vetará algum trecho da nova lei.

Adotada pela Presidência da República a partir de 8 de julho, após as manifestações que reuniram milhares de pessoas em várias cidades brasileiras, a MP institui o programa “Mais Médicos” com o objetivo de “diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na área da saúde”. Apesar de tramitar durante esse período no Congresso Nacional, a proposta já começou a valer desde então por ser uma medida provisória e já ter força de lei.

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A proposta foi aprovada no último dia 16 pelo Senado após passar pelo crivo dos deputados, que alteraram os pontos mais polêmicos da matéria. A competência de emitir registro provisório para que médicos estrangeiros atuem pelo programa foi transferida dos conselhos regionais de Medicina para o Ministério da Saúde. O texto também determina que o profissional formado no exterior revalide o seu diploma após três anos de trabalho no Brasil.

De acordo com o último balanço divulgado pelo ministério, 1.020 médicos já estão trabalhando, sendo 577 formados no Brasil e 443 com diploma estrangeiro. Um total de 577 municípios e 3,5 milhões de pessoas são atendidas por meio do “Mais Médicos”, de acordo com o órgão. Mais 2.597 profissionais, da segunda etapa do programa, devem iniciar as atividades ainda neste mês.

 

Após embates entre a pasta e os conselhos regionais, que entraram com ações na Justiça pelo direito de não conceder registros provisórios de médicos com diploma estrangeiro, o Conselho Federal de Medicina se disse favorável à aprovação da medida, já que os conselhos não terão mais essa responsabilidade.

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