Em um período de dez anos, cerca de 80% dos municípios brasileiros tiveram diminuição na desigualdade de renda. Entre 2000 e 2010, o rendimento domiciliar per capita subiu 63% acima da inflação, segundo medição do índice de Gini divulgada neste domingo pelo jornal “O Estado de São Paulo”.
O destaque da avaliação foi a cidade de Emilianópolis, próximo a Presidente Prudente, no interior paulista. Na década analisada, o índice de Gini caiu de 0,76 para 0,38, em uma escala que varia de zero a um. Quanto mais alto o número, maior é a concentração de renda. Hoje, o rendimento do emilianopolense é de R$ 585 contra os R$ 373 de dez anos atrás.
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Outro fator que contribui para a diminuição da desigualdade foi o a renda dos 20% mais pobres de cada município. Ela cresceu quase quatro vezes mais rapidamente do que a dos 10% mais ricos; 217%, na média.
Em 2000, a renda dos 20% mais pobres de cada um dos municípios era, na média, de R$ 58 por pessoa. Dez anos depois, ficou em R$ 103. Já os 10% mais ricos, no mesmo período, passaram de R$ 1.484 para R$ 1.894.
A avalição mostra ainda que a redução da desigualdade não foi total. Em 16% dos municípios, a distribuição de renda piorou, com destaque para o Norte do país. As duas cidades de maior desigualdade entre seus moradores, Itamarati e São Gabriel da Cachoeira, ficam no Amazonas.