Único no país, o Museu do Holocausto de Curitiba, além de um importante acervo da memória dos horrores sofridos pelos judeus sob o regime nazista, adotou como uma de suas principais missões a educação dos jovens para a luta contra a intolerância. E entre as várias atividades criadas com esta finalidade, a formação de educadores tem um lugar especial.
Há três anos (o museu tem cinco), o departamento de educação da instituição começou a fazer os primeiros seminários de capacitação de educadores para trabalhar o tema intolerância, a partir dos acontecimentos do holocausto, em sala de aula. Com o título “Por que, o quê e como ensinar o Holocausto em sala de aula”, já foram feitos mais de 300 desses seminários dentro das dependências do museu e 12 foram levados a outras cidades do país.
Os seminários internos são feitos a cada dois meses ou atendendo a pedidos em formato de oficinas com quatro horas de duração para um grupo de 20 a 25 pessoas, no máximo. Os professores são orientados sobre como tratar do tema nas diversas disciplinas escolares.
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“O holocausto é interdisciplinar e multidisciplinar, pode ser tratado em história, geografia, português, artes, filosofia, ciências, biologia”, exemplifica Carlos Reiss, coordenador do Museu do Holocausto e um dos ministradores das oficinas.
Os seminários externos têm formatos mais variáveis, de acordo com a necessidade de quem o contrata. Normalmente são feitos para grupos maiores, em auditórios e a duração também pode ser maior. Em todos eles, porém, o conteúdo é semelhante e direcionado a professores que trabalhem ou interessados em como tratar do tema com jovens.
Os materiais utilizados são livros e DVDs, que os professores levam consigo ao final de cada seminário. Por isso, é cobrada uma taxa de R$ 30,00 por participante. “É apenas para pagar o material mesmo. O seminário é gratuito”, diz.
Desmistificar e Personalizar
Reiss defende que a transmissão do tema holocausto seja universal. “É um assunto da humanidade, não é só de judeus, poloneses, alemães”, diz.
Além disso, segundo ele, é importante desmassificar o assunto. “Quando se fala em 6 milhões de mortes, não se dá uma ideia clara do que foi. O holocausto não é uma história de milhões de pessoas. São milhões de histórias diferentes, envolvendo pessoas diferentes”.
Ao personificar a história, segundo Reiss, é possível despertar a empatia do jovem. “Se ele conhece a história da Sara ou do Davi, que têm a mesma idade que ele, abre-se uma janela nesse jovem e cria-se condições de trabalhar valores”, explica.
Os seminários podem ser agendados por e-mail: contato@museudoholocausto.org.br. Para saber mais sobre o museu, o site é www.museudoholocausto.org.br.