Estilo de Vida

Laboratório mineiro desenvolve solução alternativa para a calvície

Preocupação comum entre os homens, a calvície já afeta cerca de 40 milhões de pessoas no Brasil, conforme dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética. O número corresponde a 20% da população do país, sendo 90% do sexo masculino e 10% do sexo feminino.

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Por preocupações estéticas, quem é atingido pelo problema recorre a diversos medicamentos que, em alguns casos, podem trazer efeitos colaterais desagradáveis. E a empresa mineira Labfar, com sede no BHTec (Parque Tecnológico de Belo Horizonte), desenvolveu pesquisas que levaram ao desenvolvimento de uma solução alternativa para a calvície. De acordo com o CEO da empresa, Robson Santos, a descoberta aconteceu ao longo de pesquisas realizadas na UFMG sobre os principais componentes de tratamentos para doenças cardiovasculares. “A Angiotensina estimula o fluxo sanguíneo e o crescimento de algumas células. Percebemos que, além de ser eficaz para a manutenção da pressão arterial e da função renal, essa substância também tem uma ação antialopecia, podendo facilitar o crescimento do cabelo”, explicou.

A descoberta traz a possibilidade de que um novo medicamento chegue ao mercado. Conforme o especialista, diferentemente de outros tratamentos disponíveis que podem causar impotência sexual e interferir na produção de hormônios pelo organismo, a solução da Labfar apresenta uma aplicação menos agressiva. “Nossa remédio é de uso tópico. O paciente aplicaria o produto diretamente no couro cabeludo, e sua formulação faz com que ele seja absorvido pela pele e entre em contato direto com o folículo capilar”, disse.

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Aplicação injetável

A maioria dos casos de perda de cabelo é causada pela ação da testosterona, hormônio responsável por acelerar um processo de queda que ocorreria de forma mais lenta. Nos EUA, uma patente semelhante já utiliza a angiotensina contra a calvície. O que muda é a forma de aplicação do produto. “A patente americana prevê aplicação por via subcutânea – ou seja, o medicamento seria injetado no paciente, o que pode ser complicado”, afirma Santos. Os testes clínicos com o produto já foram finalizados e os resultados comprovados. Para que o remédio chegue ao mercado, a empresa precisa de uma parceria para iniciar a produção. “Não vai ser nem um cosmético popular, nem um produto com valor elevado”. 

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