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Brasil figura entre os piores na educação, aponta OCDE

A educação brasileira  avança, mas num ritmo insuficiente para garantir o aprendizado dos alunos nas salas de aula. Estudo divulgado nesta quarta-feira pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) coloca o Brasil nas últimas posições de um ranking formado por 64 países.

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Segundo o estudo “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?”, mais da metade dos estudantes de 15 e 16 anos apresentam baixo desempenho em matemática (68,3%), leituras (50,8%) e ciências (55,2%). O resultado coloca os brasileiros no mesmo nível de vizinhos, como Peru e Colômbia, além de Qatar, Indonésia e Jordânia.

O aumento da nota média dos brasileiros em matemática, porém, mereceu destaque: passou de 356 para 391 e 18% dos alunos deixaram o nível mais baixo de aprendizado entre 2003 e 2012. Apesar da melhora, as notas do Brasil nas três áreas do conhecimento analisadas  ainda estão abaixo da média apurada pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).

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A OCDE salienta que a dificuldade no aprendizado tem como principal consequência a dificuldade de ascensão social e entrada no mercado de trabalho.

Na última década, a taxa de escolarização no país subiu de 65% para 78%. A entidade avalia que as políticas sociais, como o Bolsa Família, porém, incluíram as classes menos favorecidas, que, via de regra, apresentam mais dificuldades de aprendizado.

A OCDE analisa que há uma tendência favorável à educação no Brasil, com a maior valorização da formação dos professores e com o aumento de um ano na educação fundamental.

Gargalos

Embora esteja na média mundial, de 6,1% do PIB destinado à educação, o Brasil tem uma grande defasagem de investimento considerado adequado pela OCDE.

O gasto médio por aluno deveria ser de US$ 50 mil, mas hoje está em US$ 26,7 mil no país.

Procurado, o Ministério da Educação informou que não iria se posicionar sobre o estudo.

Retrato mundial

Nas  64 nações pesquisadas, 11,5 milhões de estudantes não têm nível mínimo em matemática, 9 milhões em ciências e 8,5 milhões em leitura – número que representa 25% dos estudantes.

A OCDE sustenta que se,  até 2030 os estudantes melhorarem seus desempenhos nas três áreas de conhecimento, os países podem crescer 1,5 vez as riquezas atuais do país.

O ranking mundial é dominado pelos orientais. China, Cingapura e Coreia do Sul estão nas melhores posições.

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