Dores no corpo, tristeza, cansaço, incapacidade para trabalhar ou realizar outras atividades cotidianas como sair com os amigos e namorar. Se essa é sua visão sobre o que é ser idoso, é hora de repensar.
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E nada de falar “Imagina, eu não sou preconceituoso” antes de realmente refletir. O assunto é tão sério e está presente no Brasil (e mundo) afora que a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) lançou, em homenagem ao Dia Internacional do Idoso, a campanha “Por uma velhice sem preconceitos”, proposta também da Organização Mundial da Saúde.
De acordo com o presidente da SBGG, José Elias Pinheiro, o país está em um processo de envelhecimento — já existem mais de 20 milhões de pessoas com mais de 60 anos, segundo o IBGE, e a estimativa é que esse numero fique quatro vezes maior até 2060 —, mas continuamos a ver o idoso como improdutivo, velho e ultrapassado.
O motivo para isso, segundo a psicóloga especialista em gerontologia Ligia Py, é uma visão estereotipada e para lá de injusta. “Há uma tendência de hipervalorização da juventude, como sinônimo de beleza e vigor. E a velhice, nesse sentido, acaba se contraponto a isso e sendo vítima de preconceito” explica.
Como resultado, muitos idosos se sentem como um fardo para a família e sociedade e têm tanto a saúde mental quanto física afetada. Ligia ressalta que esse preconceito é tão enraizado que até mesmo os mais velhos têm uma visão pejorativa de si mesmos. “Da mesma forma, os adultos de hoje se encontrarão com a própria velhice, e consequentemente com o preconceito arraigado em torno dela, e terão dificuldade de encará-la se não forem educados para isso” completa.
Para que a geração futura tenha um envelhecimento saudável e para que os idosos atuais consigam o apoio e reconhecimento que merecem, veja alguns dos estigmas que precisam ser quebrados (agora), segundo a SBGG — porque, sim, muitos deles são ativos, animam reuniões sociais e fazem parte da economia.