O governo de Donald Trump planeja instruir agentes da imigração para expandir as categorias de imigrantes que são alvos de deportação, de acordo com esboços de dois memorandos.
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Duas fontes familiarizadas com os planos disseram à Reuters que os documentos foram aprovados pelo secretário de Segurança Interna, John Kelly, mas estão sob revisão final da Casa Branca. Eles devem ser divulgados à Polícia de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e ao Escritório de Alfândegas e Proteção de Fronteiras (CBP) no início da próxima semana.
Os memorandos são guias para instruir agentes em campo para implementar dois decretos presidenciais assinados por Trump em 25 de janeiro, que buscam impedir o crescimento da imigração e retirar mais imigrantes ilegais dos Estados Unidos.
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Um dos documentos instrui agentes do ICE a ignorarem memorandos do ex-presidente Barack Obama sobre prioridades de imigração, que tinham como alvo somente chegadas recentes e imigrantes com condenações criminais para deportação. Em vez disso, acusados de crimes, mas não condenados, teriam deportação priorizada. O guia dá ainda a agentes ampla liberdade na decisão de quem pode ser deportado e considera sujeito a deportação qualquer um que esteja ilegalmente nos EUA. Também indica que imigrantes não terão direitos sob leis de privacidade norte-americanas.
O segundo memorando instrui funcionários do CBP a repreenderem a entrada ilegal na fronteira ao manter imigrantes em detenção até que uma determinação do caso seja feita.
Cerca de 1.000 manifestantes protestaram ontem na Times Square, em Nova York, contra as políticas de imigração de Trump. A manifestação “I Am A Muslim Too” contou com a presença da atriz e ativista Susan Sarandon. “Já não é possível ser neutro”, disse Sarandon. “Se você está em silêncio, então você é cúmplice.”