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Polícia de Londres confirma a morte de 5 em ataque em frente ao Parlamento

O representante da Scotland Yard, Mark Rowley, confirmou que cinco pessoas – incluindo o autor da ação – morreram no ataque terrorista ocorrido em Londres, nesta quarta-feira (22), e outras 40 ficaram feridas depois que um carro avançou sobre pedestres e um agressor esfaqueou um policial perto do Parlamento britânico, no que a polícia classificou como um incidente terrorista.

Após 12 anos, novo rastro de sangue em Londres

A Europa tem sido um dos principais alvos de atentados terroristas nos últimos anos. Mas a capital britânica, Londres, estava há mais de uma década sem ataques em massa.

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O atentado nas proximidades do Parlamento britânico, no bairro de Westminster, que aconteceu nesta quarta-feira (22), é o primeiro desde julho de 2005, quando várias explosões atingiram a rede de transportes da cidade.

Considerado um dos episódios mais sangrentos da história de Londres, a tragédia é lembrada como o 11 de setembro do Reino Unido. Na manhã de 7 de julho de 2005, bombas explodiram quase simultaneamente em três trens do metrô e em um ônibus, deixando 700 feridos e mais de 50 mortos, em um intervalo de uma hora.

Na ocasião, por meio de um comunicado, um grupo ligado à rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osaba Bin Laden, reivindicou os ataques e afirmou se tratar de uma resposta ao apoio da Grã-Bretanha à presença norte-americana no Iraque e no Afeganistão.

Os atentados aconteceram um dia após Londres ser eleita a sede dos Jogos Olímpicos de 2012, e enquanto a Escócia recebia um encontro de líderes do G-8. Duas semanas depois, no dia 21 de julho, uma segunda série de explosões foi realizada. Desta vez, porém, apenas uma pessoa ficou ferida.

O rastro de sangue deixado pelo terrorismo em 2005 também assombrou Londres em junho do ano passado, quando o ultranacionalista Tommy Mair assassinou a deputada Jo Cox, defensora da permanência do país na União Europeia.

No entanto, ao longo dos anos, o Reino Unido já foi palco de diversos atentados e manteve em nível máximo seus alertas de segurança. Em maio de 2013, dois homens mataram um britânico com um facão enquanto gritavam «Allah Akbar», expressão em árabe que virou jargão de extremistas islâmicos.

Já em março de 2001, uma explosão em frente a sede da agência de notícias «BBC», na qual uma pessoa ficou ferida, foi causada pelo grupo IRA, que combateu a presença britânica na Irlanda do Norte por mais de 30 anos e realizou uma série de atentados durante sua luta.

Um ataque na zona portuária de Londres, que causou a morte de duas pessoas, foi realizado em fevereiro de 1996. Quase quatro anos antes, em abril de 1992, um carro-bomba explodiu no distrito financeiro deixando três mortos e 90 feridos.

Em dezembro de 1983, uma loja de departamentos foi alvo de uma explosão, que causou seis vítimas fatais. No ano anterior, em julho de 1982, duas bombas explodiram perto de Hyde Park matando nove soldados e ferindo 50 pessoas. Os dois ataques foram realizados pelo grupo IRA.

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