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Ofensiva do governo sírio em Aleppo deixa mais 50 mortos

Uma ofensiva do governo sírio em áreas controladas pelos rebeldes na cidade de Aleppo matou pelo menos 50 pessoas no sábado, disse o grupo de monitoramento Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O Exército sírio e milícias aliadas tomaram controle de territórios ao norte de Aleppo neste sábado, apertando o cerco sobre o leste da cidade, controlado por rebeldes e duramente bombardeado em uma grande ofensiva com apoio da Rússia – o que tem prejudicado as políticas dos Estados Unidos na Síria.

A captura do campo de Handarat, a poucos quilômetros do norte de Aleppo, marcou o primeiro grande avanço terrestre da ofensiva, anunciada pelo governo na quinta-feira. Residentes de bastiões rebeldes na cidade dizem que os aviões de guerra têm lançado um poder de fogo sem precedentes.

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O avanço deste sábado capturou o campo para refugiados palestinos em uma área elevada com visão para uma das principais estradas que levam a Aleppo. Handarat estava sob controle rebelde há anos.

“Handarat caiu”, disse à Reuters um representante de um dos principais grupos rebeldes de Aleppo. Um comunicado do Exército confirmando o avanço informou que “um grande número de terroristas” havia sido morto.

Segundo relatos, dezenas de pessoas foram mortas no leste de Aleppo desde que as forças militares anunciaram a nova ofensiva na quinta-feira, enterrando qualquer esperança de retomar um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e pela Rússia, o qual Moscou e seu aliado, o presidente Bashar al-Assad, abandonaram após uma semana.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu nesta semana para que a Rússia cessasse os ataques aéreos, o que foi ignorado.

O colapso do processo de paz, e a decisão de Assad de lançar um avanço total na última área urbana ainda em controle rebelde, parece marcar um ponto de virada no conflito.

Assad e seus aliados parecem mais determinados do que nunca em esmagar a rebelião que já dura quase seis anos.

Países ocidentais e organizações internacionais de ajuda humanitária dizem temer pela vida de mais de 250 mil civis, os quais acreditam estarem encurralados na zona rebelde de Aleppo, maior cidade da Síria, dividida em setores de oposição e do governo. O Exército diz ter apenas militantes como alvo.

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