Foco

Macron e Le Pen disputarão o 2º turno na França

Com a segurança reforçada após um novo atentado, os franceses foram neste domingo às urnas no primeiro turno da eleição presidencial mais imprevisível em décadas. Segundo resultados preliminares, o centrista Emmanuel Macron, 39,  e a líder de extrema-direita Marine Le Pen, 48, vão disputar o segundo turno em 7 de maio, encerrando a hegemonia de socialistas e republicanos, que por 36 anos se alternaram no poder.

ANÚNCIO

Com 96% das urnas apuradas, o ex-ministro das Finanças tinha 23,91% dos votos, contra 21,42% da ultranacionalista. O conservador François Fillon aparecia com 19,94% e o candidato de extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon, 19,54%.

Mélenchon e Fillon reconheceram a derrota após pesquisa de boca urna prever esse resultado. O conservador declarou apoio a Macron, assim como o socialista Benoît Hamon, que tinha cerca de 6% dos votos.

Recomendados

Duas pesquisas realizadas no domingo apontavam para a vitória de Macron no segundo turno, com quase dois terços dos votos. Segundo sondagem da Harris Interactive, 64% dos entrevistados votariam em Macron, enquanto 36% indicaram Le Pen. Já o levantamento do instituto Ipsos Sopra Steria mostra o ex-ministro com 62% dos votos, contra 38% para Le Pen.

Em comício após a divulgação dos resultados, Macron disse estar “honrado” pela responsabilidade conferida a ele pelos eleitores. “Nós mudamos a cara da política francesa”, declarou, prometendo “unir todos os franceses”.

Le Pen recebeu mais de 7,2 milhões de votos, o melhor resultado na história da Frente Nacional. “Estou honrada, com humildade e reconhecimento. Quero exprimir minha profunda gratidão. Esse resultado é histórico”, disse a candidata, que citou sua votação como um “ato de orgulho francês, de um povo que levanta a cabeça”.

A participação dos eleitores superou a expectativa e chegou a 77%, segundo estimativas. Quase 47 milhões de franceses estavam registrados para votar no primeiro turno.

A votação na França aconteceu sob forte esquema de segurança. Mais de 50 mil policiais patrulharam as ruas. A segurança, que já era intensa, foi reforçada após um atirador matar um policial e ferir outros dois na Champs-Élysées na última quinta-feira. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Apesar de breves evacuações em alguns colégios eleitorais por alarmes falsos, nenhum episódio grave foi registrado. Por outro lado, a polícia entrou em confronto contra movimentos antifascistas que saíram às ruas de Paris para protestar contra o resultado das eleições.  METRO

.

Tags

Últimas Notícias