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Kirchner ocultou remessas que chegam a US$ 492 milhões, diz jornal

Uma reportagem de capa publicada na edição deste domingo do “Clarín”, um dos principais jornais argentinos, informa que a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner ocultou remessas ao exterior cujo montante chega a US$ 492 milhões (quase R$ 1,6 bilhão). Todo esse dinheiro começou a sair do país em 2003, primeiro ano do mandato presidencial de seu marido, Néstor Kirchner, e só terminou no ano passado, último do mandato de Cristina. As operações teriam sido feitas, segundo o diário,  por 21 pessoas e sociedades comerciais vinculadas à família Kirchner.

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A ex-presidente nega: “A reportagem do Clarín tem só um probleminha: não encontraram uma conta no exterior, nem fundos ocultos ou não declarados, porque não existem”, escreveu Cristina no Twitter.

A denúncia foi feita com base em documentos que sete bancos internacionais haviam enviado à Justiça americana. Segundo os jornalistas Jorge Lanata e Nicolás Wiñazki, a procuradora do Tesouro Nacional durante a gestão de Cristina, Evangelina Abbona, tentou destruir os papéis, que acabaram sendo encontrados e repassados ao programa. Eles mostram, por exemplo, que Martín Báez, filho do empresário Lázaro Báez, é beneficiário de contas na Suíça nunca declaradas. Lázaro Báez, preso sob suspeita de lavagem de dinheiro, era um dos melhores amigos de Néstor, suas empresas estão entre as grandes vencedoras de licitações durante o kirchnerismo.

Esta não é a primeira denúncia envolvendo Cristina. A ex-presidente está sendo investigada por suposta lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos. 

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