O diretor do FBI, James Comey, contestou a acusação de que o ex-presidente Barack Obama monitorou a campanha eleitoral de Donald Trump, eleito para a Presidência dos Estados Unidos. Além disso, ele confirmou que a agência iniciou uma investigação criminal sobre qualquer possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia.
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Comey disse em uma audiência no Congresso que não encontrou nenhum indício que sustente a afirmação de Trump de que Obama ordenou a instalação de escutas na Trump Tower, seu quartel-general de campanha em Nova York.
No começo de março Trump criou polêmica ao tuitar, sem oferecer provas, que Obama vigiou sua campanha durante a disputa presidencial contra a democrata Hillary Clinton.
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«Com respeito aos tuítes do presidente sobre as supostas escutas dirigidas a ele pelo governo prévio, não tenho informações que sustentem estes tuítes», disse Comey na audiência do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados.
«E analisamos cuidadosamente dentro do FBI. O Departamento de Justiça me pediu para compartilhar com vocês que a resposta é a mesma para o Departamento de Justiça e todos seus componentes: o departamento não tem informações que sustentem estes tuítes».
O comitê está investigando acusações de que a Rússia tentou influenciar a eleição de 2016 invadindo os computadores de funcionários democratas e divulgando dados constrangedores. Moscou nega as alegações.
Comey confirmou que o FBI está averiguando desde julho os possíveis esforços do governo russo para interferir na votação, incluindo quaisquer ligações entre a campanha de Trump e Moscou.
«Por ser uma investigação aberta, em andamento e ser confidencial, não posso dizer mais sobre o que estamos fazendo e quais condutas estamos examinando», disse o chefe da Polícia Federal dos EUA.
O tuíte de Trump sobre as escutas desviou a atenção das alegações sobre a interferência russa.
O presidente postou a mensagem em 4 de março, um sábado, dois dias depois de o secretário de Justiça, Jeff Sessions – que havia se encontrado com o embaixador da Rússia no último outono norte-americano – dizer que iria se afastar de qualquer inquérito sobre uma intromissão de Moscou na eleição.