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2016 começou para valer: você preparou o terreno?

 

Marcos-Silvestre-QuinzenalOi, 2016! A chuva já choveu e arrastou para dentro dos bueiros todo o confete, a serpentina e o xixi dos foliões do Carnaval. Até as cinzas da quarta-feira já viraram pó: está dada a largada oficial para 2016! No pano de fundo da macroeconomia, o cenário é de produção e vendas em baixa, inflação em disparada, desemprego crescente, renda achatada, juros nas nuvens e dólar agitadaço. Mas… não é o fim do mundo, nem será o fim do Brasil! A bola continua em campo e só terá chance de marcar gol quem correr atrás. E aí: você se preparou para emplacar em 2016? Vem treinando direito para sacudir a rede?

Gastos mais econômicos. Ganhar dinheiro não será fácil em 2016. Também não era em 2015 e não será em 2017, pelo menos dinheiro honesto. Daí decorre o seguinte: não dê bandeira na hora de gastar. Este será um ano de muita cautela ao comprar: você quer, precisa, merece, pode e deve mesmo comprar? Pense duas ou três vezes… e desita na terceira! Decrete guerra contra o desperdício em 2016, todo tipo dele, da conta de luz e de água, ao cigarro e ao excesso de comida (que tal um regiminho?). O dinheiro do trabalho é sagrado, merece valorização. Comprove, na hora de gastar, que você sabe disso!

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Dívidas mais prudentes. Na prática, nada mudou nas dívidas pessoais nos últimos 20 anos. Os juros da praça continuam caríssimos, e nehuma conta justifica um sujeito de juízo, por exemplo, usar o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito. Os crediários e financiamentos em geral continuarão fazendo você pagar de juros algo entre 50% e 100% a mais do valor do bem. Se precisar mesmo de grana, tome o mínimo possível no crédito consignado ou no crédito cooperativo. Em nenhuma hipótese faça uma nova dívida apenas para ter algo novo. Deseja mesmo muito? Poupe, junte, aplique e compre!

Investimentos mais dinâmicos. A família que não investe ao menos 10% da renda mensal (bom mesmo é 30%) não terá futuro próspero. Quem nunca junta grana nunca irá experimentar o prazer de ganhar juros, e nunca terá nada para comprar nada, ou seja, terá de pagar sempre o preço cheio, sem desconto, e mais os juros da dívida. Comece poupando R$ 50 por mês e vá aumentanto R$ 10 todo mês até chegar numa poupança frequente de, no mínimo, 10% da sua renda. Não duvide, você conseguirá. É lógico que terá de ficar esperto nos gastos e nas novas dívidas, mas esta disciplina fará um enorme bem!

Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas (Metodologia PROF® / UNICAMP), é comentarista econômico do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV. Autor de “Os 10 Mandamentos da Prosperidade”, dirige o site www.oplanodavirada.com.br.

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