Colunistas

Terror bate à porta!

colunista  jose-luiz-datenaBom, era só o que faltava. Não bastasse o temor diário dos nossos bandidos de cada dia, agora, à espera das olimpíadas, estamos prendendo gente suspeita de terrorismo. Isto mesmo, e ainda com juramento prestado ao Estado Islâmico, responsável pelos ataques covardes e deploráveis na França, Bélgica e todos os lugares onde seus braços temidos possam alcançar.

ANÚNCIO

O grupo tem perdido terreno, principalmente pelos bombardeios americanos e russos, mas isto não significa perda de poder. Enquanto perde espaço geográfico, espalha o que tem de pior em sua ideologia pelas redes sociais que alcançam jovens do mundo inteiro, alguns discriminados por diferenças raciais e de religião na Europa e Estados Unidos. Ao que parece, sem muita explicação além do abismo social, esta destruidora mensagem de ódio começa a chegar no Brasil.

Um professor deportado no Rio. Serviços secretos estrangeiros alertando que um brasileiro estaria entre os arquitetos de um ataque assassino a delegação francesa nos jogos do Rio. Para completar, dez detidos na semana que passou, sob suspeita da polícia federal de que seriam potenciais radicais terroristas. Pode até não ser, mas neste mundo violento, onde os sentimentos mais malignos viajam na velocidade da rede, não vale a pena arriscar. Achamos por natureza que está tudo bem e que qualquer coisa além disto é sensacionalismo. A França agiu assim. Estava para suspender o estado de emergência decretado depois dos atentados de Paris. Pagou caro com o estupidamente brutal ataque de Nice que levou quase uma centena de vidas. O terror veio de caminhão, como os aviões do onze de setembro. O terror vem de onde menos se espera. O Rio de Janeiro continua lindo! Para que continue assim, melhor não brincar com a sorte: o terror pode estar à nossa porta. Quem desprezou os sinais, facilitou os crimes recentes contra a humanidade.

Temos que estar preparados para além da nossa frágil segurança diária, onde viramos caça de bandidos comuns, que matam por prazer mórbido de sentir poder. São crimes rotineiros que, infelizmente, ao invés de chamar atenção do nosso Legislativo para pesar a mão nas leis, nos colocam cada vez mais indefesos do lado de cá das armas assassinas conseguidas com facilidade na fragilidade das nossas fronteiras. Se são comercializadas com tanta facilidade, imaginem os estragos que podem fazer nas mãos do terror internacional? Além de frequentar o noticiário internacional com escandalosas notícias de nossa violência e corrupção, corremos o risco de entregar nos jogos medalhas banhadas de sangue.

Tags

Últimas Notícias