Primeira coluna do ano, embora que tardia, mas a primeira. Cabeça meio confusa mesmo depois de férias onde a gente se cansa de descansar.
Praia lotada, uma dificuldade para conseguir um lugar ao sol. Cuidado com filho, neto, os meninos podem se perder na multidão de guarda-sóis coloridos cada um contando uma história. A mulher bonita de olhos inchados teria chorado a noite inteira com saudades do amor deixado para trás? A família que cabe inteira numa sombra tão pequena de pura alegria que nem parece preocupada com quase 12 milhões de desempregados no Brasil e a molecada batendo uma bolinha que vai derrubando copos e batendo em corpos empanados como salgados de areia e finalmente o mar.
Magnífico mar da costa brasileira. Nem dá para lembrar de arrastões debaixo de um sol para cada um. Sol dos trópicos que bronzeia curvas tão lindas quanto a Serra do Mar.
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Mas são férias. Longe das ordens de gente chata que quer mandar mais que patrão, longe das contas do dia a dia, ao lado de pessoas amadas que aceitam seus erros e te acham o maior do mundo, te amam, gostam de você de verdade.
Por causa disso, vale a pena enfrentar estradas lotadas, aeroportos e rodoviárias que mais parecem estádio em dias de clássico com passagens caras e o mesmo desrespeito ao consumidor.
Ah o que dói mesmo é voltar e largar a vida boa quando você é nada menos que um cidadão comum no meio de tantos que merecidamente procura um lugar ao sol que nos deixa relaxar.
Tenho pouco a dizer. Mas não perca tempo com quem te oprime e chateia, guarde suas emoções para sua família.
As férias te mostraram o quanto essas pessoas são importantes para você. Mas pense no seu bem e no do próximo. Nunca somos um. Vivemos numa sociedade, e quer goste ou não, o bem comum é nosso objetivo, no mar revolto se o barco afundar vamos juntos. Apesar de tudo e de todos, tenha esperança e um grande ano.
