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João meteu o pé no freio!

colunista  jose-luiz-datenaE agora, João? Foi eleito dizendo que não era político mas está parecendo. Tem o “jeitão”, nem assumiu e começa a voltar atrás em promessa assumida em campanha. Disse que ia voltar a velocidade constitucional nas marginais de São Paulo. Falou isto no Brasil Urgente. Perguntei e você respondeu claramente em alto e bom som. Noventa e setenta. Lembra? Se não lembrar coloco de novo todo dia até a posse.

Não que isto seja o ponto principal das carências da cidade. Transformar multas em arrecadação com objetivo principal de arrecadar para os cofres quebrados da prefeitura é sobretaxar um povo que não aguenta mais impostos, multas, ou qualquer coisa do gênero. Este discurso de que a redução diminuiu o número de mortes nas marginais é politicamente correto e é fácil de defender. Mas evitar morte no trânsito começa por educação. Campanhas de transito que não existem e cuja verba milionária dos radares é cobrada pelo Ministério Público do atual prefeito em investir parte de grana nestas campanhas e tapar buracos da nossa esburacada malha viária que, além de quebrar veículos, provoca acidentes.

Evitar multas passa por fiscalização e policiamento da Guarda Civil Metropolitana que, com ajuda da Polícia Militar, pode evitar que pedestres arrisquem a atravessar os locais já conhecidos das vias expressas, como também diminuir o número de roubos que cada vez mais acontecem por ali.

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O que me preocupa mais é o seu compromisso com a palavra dada ao eleitor. Este é o ponto. O que mais você pode voltar atrás no que prometeu? Gestor – como você mesmo se define – tem que ter coragem para negociar, sim, mas não ceder às pressões de qualquer grupo, seja ele de empresários como você ou de ciclistas fazendo barulho na frente da sua monumental casa em São Paulo. Tens uma grande oportunidade de um futuro brilhante para se separar da casta corrupta e ineficaz, com raríssimas exceções, que anda por aí. Agora, voltar atrás nas marginais, metendo o pé no freio, joga fora seu slogan logo de cara. De “acelerar”, passa para uma reduzida confiança do famoso “desacelera São Paulo”.

Me ajuda aí, João!

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