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Doria não vai de bike!

jose-luiz-datena1Até que enfim alguém entendeu. Nada contra ciclista  nem, é claro, ciclovias. Só que a maioria das feitas pelo ex-prefeito estava em lugares errados e convidava   quem está de bicicleta a dançar com a morte em um dos trânsitos mais perigosos e assassinos do mundo.

Tem lugar na periferia que a tal ciclovia fica bem no meio de tráfego de veículos pesados, caminhão, busão, van… Qualquer erro ou descuido é cemitério ou no mínimo hospital na certa. Mesmo nos cruzamentos de avenidas centrais, onde acidentes com outros meios de transportes para quem está de bicicleta são ainda mais arriscados. Teve gente que morreu nesses lugares por não ver ou entender o semáforo diferenciado para ciclista.

Verdadeira barbaridade numa democracia com tantas leis e multas que formam uma ditadura do trânsito em São Paulo. Quem por acaso perguntou se você queria uma ciclovia na porta da sua casa? Se quando entra ou sai da sua residência pode ser multado por atravessar a bendita exercendo o simples direito constitucional de ir e vir do endereço que lhe dá o direito de cidadania.

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Em muitas dessas ciclovias, não tem nada que separe a bicicleta dos outros veículos. Em um trânsito mal educado (o ex-prefeito multou muito e não educou nada), isso costuma ser fatal. O dinheiro do radar nunca foi usado com campanha de educação no trânsito. Acho que o ciclista tem que ter seu espaço, mas em lugar adequado para sua proteção. Fora isso, em fins de semana e feriados também há pontos importantes da cidade reservados a poucos ou nenhum ciclista enquanto em faixas proporcionais os famigerados congestionamentos diários se formam também com milhares de pessoas que têm a sua folga jogada no lixo pelo tratamento desigual…

Aliás, já que o Doria pensa no trânsito, lembramos dos buracos nas ruas que fazem do nosso leito carroçável quase que uma paisagem lunar, causando acidentes que prejudicam veículos e, claro, motoristas. Sem falar nas ruas sem calçada, que jogam o pedestre no jogo bruto do atropelamento. O prefeito acertou, apesar do protesto esperado dos ciclistas, que têm razão em alguns pontos, mas deveriam lembrar que seus direitos começam onde terminam os direitos dos muito próximos neste jogo maluco do trânsito da capital.

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