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Hoje tem debate na Band. Aliás, o debate, organizado pelo Fernando MITRE, por acaso meu chefe e meu norte há quatorze anos, é por excelência e pela marca da emissora que se funde com o mestre premiado na mídia impressa e televisiva o mais tradicional da televisão brasileira.
Digo isso porque nesta semana que passou, quando fui narrar um dos jogos de vôlei no estúdio aqui em São Paulo, notei um cenário diferente. Um dos rapazes, que estava participando da montagem me disse que era o do debate de hoje e completou que era para eu estar ali como candidato.
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Verdade, quase embarquei nesta! Mas fui alertado, entre outras pessoas, pelo próprio Mitre a não entrar neste trem. O Johnny, um dos acionistas e presidente do grupo Bandeirantes, fez uma sábia colocação de que São Paulo tem jeito, mas a solução passa por um líder experiente.
O problema não era ganhar, mas o que fazer se fosse eleito. Na verdade, se você pegar o orçamento da cidade, que é de verdade o terceiro maior da união, pagar contas e cumprir com todos arranjos políticos que cobram preço no meio do caminho, sobra muito pouco para cumprir a imensidão de promessas feitas na campanha.
Refleti bem e também lembrei do (Marcelo) Meira, cujo pai foi um político de sucesso, e me contou que o desgaste que política provoca na família é imenso. Meu outro conselheiro foi o Diego Guebel, que pragmaticamente colocou que eu poderia fazer o que bem entendesse, mas que a conta custo-benefício não fechava. Lembrei do filósofo que dizia não poder levar o mundo nas costas se mal suporto meu casaco de inverno.
Juntei tudo isto e, com a família, tomei a decisão de adiar este sonho de poder fazer algo pela cidade que me deu tudo que consegui na vida e que amo de paixão. Para prometer e não cumprir, melhor não entrar. Talvez fique só no sonho, quem sabe?
Hoje, neste espaço, quero confessar que foi uma decisão difícil, pois a mosca azul do Machado de Assis ficou o tempo inteiro alimentando a vaidade do poder. É difícil dizer não ao poder! Mas, na contramão do dito popular, nem sempre querer é poder.