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Venda de imóveis na região do ABC tem pior ano desde 2007

Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela ACIGABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do ABC) sobre o mercado imobiliário da região mostra que a venda de imóveis em 2015 atingiu o pior patamar dos últimos nove anos no ABC Paulista.

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O estudo apresenta dados somente até 2012. Porém, o presidente da entidade, Marcus Santaguita, afirmou que o setor não registrava números tão baixos desde 2007.

No ano passado, foram comercializadas 4.939 unidades na região. Em 2014, foram 6.680 imóveis vendidos, quantidade 35,2% maior que em 2015. Se comparado com 2013, a queda é ainda mais significativa: a metade do que foi vendido entre os dois anos – 10.054 unidades em 2013 contra 4.939 no ano passado.

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Para o presidente da ACIGABC, o desempenho ruim do setor em 2015 foi resultado da crise econômica que enfrenta o país. “Temos notado que os clientes estão com medo de perder o emprego e a renda. Isso deixa as pessoas com receio de fazer uma dívida muito grande ou investir o dinheiro que tem guardado.”

Santaguita diz que há outro fator que colaborou para a queda no fechamento de negócios imobiliários no ano passado: a diminuição significativa de lançamentos de novos empreendimentos nos dois últimos anos.

Em 2015,  4.042 unidades foram lançadas no mercado, número 25,6% menor que 2014 (5.077) e equivalente à metade do que foi colocado à venda em 2013 (8.707).

“As empresas focaram muito na venda do que tinha em estoque e os lançamentos ficaram em segundo plano, porque os empresário não estão sentindo confiança na economia”, afirma Santaguita.

Previsão para 2016

Segundo o presidente da entidade, a previsão para o setor neste ano é a de continuar com o mercado ruim. “A expectativa é seguir 2015, segurando  lançamentos e focando em desovar o estoque, que é capaz de absorver a demanda deste ano. Em 2017, dependendo do que acontecer na política, a expectativa é haja retomada e seja um ano de mais investimentos.”

A região possui atualmente 4.043 imóveis em estoque, segundo a pesquisa.

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