Com os recentes casos de febre amarela pelo país, muitas pessoas estão procurando postos de saúde para tomar a vacina e se proteger da doença.
Para ficar a vida toda imunizado contra a febre amarela, é preciso tomar apenas duas doses da vacina. E com intervalo de dez anos entre elas.
A orientação é do próprio Ministério da Saúde. “A OMS [Organização Mundial da Saúde] recomenda apenas uma dose, inclusive”, esclareceu a infectologista Ligia Pierroti, do Lavoisier Medicina Diagnóstica. “No passado, se falava em vacinar a cada dez anos, agora não é mais assim”, afirmou.
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Só precisa tomar a vacina quem vai viajar para áreas em que há o risco de transmissão da doença, como áreas silvestres, rurais ou de mata, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
E é importante ter em vista que a vacina é feita de vírus vivo atenuado, podendo causar sintomas da febre amarela em quem a tomar.
A especialista diz que a vacina é contraindicada a gestantes e pessoas com imunidade baixa –como quem fez transplantes de órgãos.
E a dose é recomendada para crianças apenas a partir de nove meses. “Em uma situação de surto, você pode oferecer para crianças com idade a partir de seis meses”, disse.
Em São Paulo
A Secretaria de Estado da Saúde informa que 235 mil doses extras da vacina foram distribuídas na semana passada para todo o Estado.
A região noroeste do Estado de São Paulo, onde ficam Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, são consideradas áreas endêmicas.
Na capital, é possível se vacinar em mais de 50 pontos. A lista pode ser achada aqui.
Em BH, três morrem com febre amarela
Três pacientes do interior de Minas, com suspeita de febre amarela, morreram no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. A unidade é referência para tratamento de doenças infecciosas e faz parte da estrutura montada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) para auxiliar a população em decorrência do surto da doença que atinge Minas Gerais.
Desde a semana passada, o número de mortes por febre amarela investigadas em Minas saltou de 38 para 47. O número de casos suspeitos foi de 133 para 152 desde a última sexta-feira. Todas as mortes foram confirmadas ontem pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais. Dois pacientes morreram na última quinta-feira. A última morte aconteceu durante a madrugada de domingo para segunda. Ao todo, 23 pessoas seguem internadas na unidade hospitalar. Dois dos doentes estão no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital. Para afastar o mosquito Aedes aegypti de onde estão os pacientes, a Prefeitura de Belo Horizonte instalou telas com inseticidas nas alas do hospital e também no entorno da creche da instituição.