As diferentes categorias de táxi da capital, do mais simples ao luxuoso, passam hoje a cobrar os mesmos valores pela corrida. A unificação foi determinada pela prefeitura com base nos preços do serviço comum, que agora valem para todos: R$ 4,50 pela bandeirada, R$ 2,75 o quilômetro rodado e R$ 33 a tarifa horária.
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As mudanças, que deixaram a tarifa até 50% mais barata, têm sido encaradas como uma tentativa de ‘brigar’ com os aplicativos como o Uber – que cobram menos e têm ganhado preferência dos passageiros.
Além das reduções, taxas que encareciam o serviço – como extras por bagagem, chamada com hora marcada e mudança de município – foram extintas e não poderão mais ser cobradas.
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Há outro item da conta, no entanto, que vai merecer mais atenção. Adicional de 30% no valor do quilômetro rodado durante a noite e aos domingos e feriados, a bandeira 2 ainda existe, mas se tornou opcional. A sua inclusão será agora negociada entre o taxista e o passageiro e a recomendação é de que o acerto seja feito antes do início da corrida.
Segundo a prefeitura, a unificação das tarifas dará mais opções aos usuários e atende pedido das entidades e organizações representativas dos taxistas.
Presidente de um dos sindicatos da categoria, Natalício Bezerra disse que a medida tem apoio da maior parte dos profissionais, mas não o seu. “O prefeito já havia aberto a porteira quando liberou os aplicativos e permitiu que qualquer um fosse taxista. Agora, determina que táxi comum, preto, luxo, especial é tudo igual. Vamos ver no que vai dar.”
Aplicativos têm dia de herói e vilão em protestos na capital
Os taxistas dizem não, mas os motoboys dizem sim e a polêmica dos aplicativos de transporte não tem fim. As plataformas que conectam o público aos prestadores de serviços ganharam nesta terça-feira dois protestos na capital – um contra e outro a favor.
Com nariz de palhaço e ataques ao prefeito Fernando Haddad (PT), taxistas fizeram ato na manhã desta terça-feira em frente ao Masp em repúdio ao funcionamento de apps como o Uber, que eles chamam de clandestinos.
Com apitos e faixas – em que se lia, Haddad, você destrui a vida, as famílias e a história de uma categoria –, o grupo interrompeu parcialmente o trânsito na avenida Paulista e caminhou até o Ministério Público, onde entregou dossiê com denúncias contra os aplicativos.
No início da tarde, foi a vez dos motoboys tomarem as ruas, mas com o propósito inverso. Os motociclistas pediram a regulamentação das empresas de aplicativos de motofrete.
Outras pautas, como a implantação de motofaixas em vias de grande circulação e a criação novos bolsões de estacionamento para motocicletas com placa vermelha também foram citadas pelos manifestantes.
O grupo se concentrou na sede do SindimotoSP (sindicato de motofretistas), no Brooklin Novo, zona sul, passou em carreata pelas sedes da prefeitura e da Câmara e bloqueou o corredor Norte-Sul. O ato terminou na avenida Paulista, em frente ao escritório da Presidência da República. são paulo