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Região da Grande São Paulo pode perder quase 120 médicos

Impasse entre os governos brasileiro e de Cuba sobre a participação de profissionais cubanos no Mais Médicos pode resultar na perda de 117 médicos do país comunista que atuam em cidades do ABC.

Na semana passada, o jornal o “O Estado de São Paulo” noticiou que Cuba  vem solicitando que a maioria dos clínicos do país que estão atuando no programa retorne para a ilha. Essa seria uma estratégia para evitar que os profissionais estreitem laços com o Brasil e não voltem ao país de origem, já que houve expressivo aumento de ações na Justiça que garantem a permanência de profissionais cubanos em solo brasileiro mesmo após convocação de retorno.

Além disso, o governo cubano suspendeu a vinda de 710 clínicos que estavam sendo treinados para participar do Mais Médicos a partir deste mês.

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No ABC, a única cidade que não conta com médicos de Cuba é São Caetano. A que mais seria afetada com uma possível debandada de profissionais cubanos é Mauá, que hoje conta com 43 deles atendendo em 23 unidades médicas da cidade.

O outro município da região que mais conta com clínicos de Cuba é São Bernardo, que tem 23 atuando em 34 postos de saúde.

Em Santo André, são 22 médicos do país comunista. A região conta ainda com 16 cubanos em Ribeirão Pires e três em Diadema. A Prefeitura de Rio Grande da Serra não informou quantos profissionais de Cuba estão na cidade atualmente, mas, até o ano passado, o município contava com o trabalho de dez deles.

Ao todo, o Mais Médicos coloca atualmente 184 profissionais de diversos países para reforçar o atendimento da rede de atenção básica municipal. Portanto, se os cubanos foram embora, o programa perderá 63,7% do corpo clínico da ação do governo federal.

Os mais afetados seriam Mauá e Ribeirão Pires, onde 100% dos profissionais do programa são de Cuba, e Santo André, onde 22 dos 28 médicos da ação são cubanos.

Solução

Após receber da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde)  um pedido de reunião para resolver a situação, o Ministério da Saúde informou que deve enviar à Cuba uma delegação para “esclarecer os questionamentos do parceiro no acordo de cooperação”.

A pasta federal diz ainda que as vagas que deveriam ser ocupadas por cubanos neste mês serão disponibilizadas para médicos brasileiros interessados em participar do programa.

 

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