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Protestos contra o impeachment bloqueiam vias em SP e outras capitais

A cidade amanheceu ontem com várias importantes avenidas fechadas por manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Em boa parte dos atos, os militantes atearam fogo a pneus à frente dos carros, interrompendo o tráfego. (Veja o infográfico no fim do texto)

Depois, estudantes da rede estadual fizeram um ato que também fechou diversas ruas e avenidas.

Os protestos da manhã foram realizados em várias regiões da cidade (veja quadro), a maioria começando entre 6h30 e 7h. Às 9h, a maioria das ruas já tinha sido liberada.

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Mas o efeito foi sentido em cascata pela cidade toda: às 8h30, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) marcava 174 km de filas na capital, terceiro maior índice do ano para a manhã.

A PM (Polícia Militar) informou que os protestos reuniram, ao todo, cerca 1.550 pessoas e que houve 6 detidos – o MTST fala em apenas duas detenções.

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Manifestações param estradas e ruas pelo país 

Não foi só na capital paulista que houve protestos contra o impeachment. A Frente Povo Sem Medo – grupo formado por integrantes de movimentos sindicais contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) – realizou bloqueios em 50 rodovias e avenidas de oito Estados e do Distrito Federal na manhã de ontem.

Uma das estradas fechadas foi a Anhanguera, no km 114, na altura de Sumaré, no interior de São Paulo. Cerca de 30 manifestantes atearam fogo em pneus, causando congestionamento de cinco quilômetros na via.

No Rio, cerca de 50 manifestantes queimaram pneus na avenida do Contorno, em Niterói, fechando a via usada para acesso ao Rio.

Houve protestos registrados ainda em Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Belo Horizonte,  Brasília, Fortaleza, Recife, boa parte deles usando a mesma tática: queimando pneus.

Coordenador do MTST, Guilherme Boulos disse que haverá mais manifestações como as de ontem pelo país na próxima semana, em dia a ser definido.  

Feriado de 1º de Maio terá três grandes atos na capital

Data já marcada por grandes atos, o 1º de Maio, Dia do Trabalho, celebrado no domingo, deverá ganhar neste ano mais contornos políticos em razão do processo de impeachment.

Em São Paulo, são esperadas três grandes manifestações: na avenida Paulista, no vale do Anhangabaú e na praça Campo de Bagatelle.

Com presença confirmada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a CUT e a Frente Brasil Popular – que reúne mais de 60 entidades, como PT, UNE e MST – ocuparão o Anhangabaú a partir das 10h. “O foco deste ano é denunciar o golpe”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

O evento na Campo de Bagatelle será da Força Sindical e começa às 9h. Segundo o deputado e presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), o ato terá discursos sobre emprego e crescimento e abordará “a luta que travamos para tirar Dilma do governo”. Os dois eventos também terão shows musicais.

Na Paulista, a manifestação contra “Dilma, Cunha, Temer e Renan, Aécio, Serra e Alckmin” ocupará o vão livre do Masp, às 9h, e foi convocada pela Conlutas.

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