Um dos passeios mais charmosos de Paranapiacaba, em Santo André (Grande São Paulo), está sem poder ser utilizado há aproximadamente um ano e sem previsão para retorno.
A Maria Fumaça, que desde 2006 realizava passeios aos fins de semana na vila ferroviária, está quebrada.
Maria Inês, como foi apelidada, é uma locomotiva de 1867 que pertenceu à SPR (São Paulo Railway), empresa ferroviária britânica que criou a vila no século 19.
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Ela é de responsabilidade da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), entidade não governamental que se mantém com o valor simbólico de ingressos cobrados em atrações como museus, exposições e passeios.
De acordo com monitores que prestam serviço na sede em São Paulo, a Maria Fumaça de Paranapiacaba parou de funcionar há cerca de um ano, na mesma época que a locomotiva que faz passeios na Mooca, em São Paulo. “Não temos verba para consertar as duas ao mesmo tempo. Agora que terminou o serviço na capital, vamos priorizar a Maria Fumaça de Paranapiacaba”, disse uma das funcionárias da associação.
O processo, porém, ainda deve ser lento. De acordo com a monitora, as peças precisam ser feitas sob encomenda, já que não são mais vendidas no mercado.
O diretor administrativo da ABPF, Carlos Alberto Rollo, confirmou problemas na máquina da Vila, mas disse que a locomotiva da Mooce passou apenas por manutenção preventiva. De acordo com ele, a Maria Fumaça de Paranapiacaba é mais antiga e por isso demandará mais custos. “Não há previsão para ser restaurada”, concluiu Rollo.
Passeio
Quem visita a Vila ainda tem a opção de fazer o passeio pelo Museu Ferroviário mantido pela ABPF, mas é avisado na portaria sobre a manutenção na Maria Fumaça. “Está há um ano parada e não tem previsão de retorno”, afirmou uma mulher na bilheteria no sábado, penúltimo dia do Festival de Inverno de Paranapiacaba.
O passeio durava 20 minutos e custava R$ 10 por pessoa. O trem percorria um trecho da linha original, no Pátio de Manobras, dentro do próprio Museu Ferroviário. Sua capacidade é para até 60 pessoas.
Maria Inês foi restaurada em 2006 graças a parceria da associação com um dos sócios fundadores da entidade, Lincoln Palaia, e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).