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Nova rebelião no RN deixa um morto e ao menos cinco feridos

Uma rebelião na noite de quarta-feira em um presídio de Caicó, no interior do Rio Grande do Norte, deixou ao menos um preso morto e cinco feridos em consequência de uma briga entre facções criminosas rivais, informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado nesta quinta-feira, elevando para ao menos 27 o número de detentos mortos em motins no Estado em menos de uma semana.

Presos queimaram colchões e destelharam parte de um pavilhão antes de serem contidos por agentes da Penitenciária Estadual de Seridó, conhecida como Pereirão, na cidade localizada a cerca de 280 quilômetros da capital Natal, segundo a assessoria de comunicação da secretaria.

A violência em Caicó aconteceu no mesmo dia em que a polícia do Rio Grande do Norte encerrou uma rebelião que durou cinco dias no presídio de Alcaçuz, na grande Natal, onde 26 detentos foram mortos em confronto entre membros de facções criminosas rivais no fim de semana.

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Enquanto a tropa de choque atuava dentro do presídio, ônibus foram queimados em Natal. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 27 incêndios a veículos, entre ataques consumados e princípios de fogo que foram controlados.

As mortes no Rio Grande do Norte são mais um episódio da crise do sistema prisional brasileiro, iniciada no primeiro dia de 2017 quando 56 pessoas foram mortas em um presídio de Manaus também em um confronto entre integrantes de diferentes facções criminosas.

Em resposta à crise, que o governo reconheceu ter ganhado «contornos nacionais», o presidente Michel Temer colocou as Forças Armadas à disposição dos Estados para atuarem em inspeções dentro das cadeias para a apreensão de materiais proibidos, como armas, telefones celulares e drogas.

Um vídeo que circula na internet mostra um grupo de presos «comemorando» a rebelião e gritando frases como «o Estado é nosso».

Nessa quarta-feira, o presidente Michel Temer publicou no Diário Oficial da União o decreto que permite a entrada das Forças Armadas nos presídios brasileiros. A medida tem validade de um ano e permite que os militares atuem em operações “para a detecção de armas, aparelhos de telefonia móvel, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos”.

Temer disse que a atuação das Forças Armadas será um «fator de atemorização», mas ressaltou que não será apenas a inspeção periódica de militares nos presídios que solucionará o «tormentoso drama» da crise carcerária.

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