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No Rio, dia de mobilização da febre amarela terá vacina em 233 postos

O início da campanha de vacinação contra a febre amarela na cidade do Rio de Janeiro está mantida para segunda-feira, mas,  diante da grande procura dos cariocas pela vacina,  a Subsecretaria Municipal de Vigilância em Saúde anunciou que irá realizar, no sábado, o Dia de Mobilização para ampliar o atendimento. Nesse dia, a vacinação, que hoje está restrita a 34 postos da rede municipal de saúde, será estendida a todos os 233 existentes, que ficarão abertos das 8h às 17h.

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Mesmo assim, a população está com pressa em se imunizar e os postos continuaram lotados e com muitas filas ontem. Nesta semana, os postos municipais foram orientados a aplicar, pelo menos, 250 doses diárias, de acordo com a capacidade de cada unidade.

A corrida pela vacina se intensificou depois que dois casos da doença foram confirmados no Estado, ambos em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea, sendo que uma pessoa, o pedreiro Watila Santos, 38 anos, morreu. A segunda vítima, Alessandro Valença, 37, recebeu alta ontem do Hospital dos Servidores, referência em infectologia na capital, para onde foi transferido após ser internado em Casimiro. Apesar de estar aliviado, ele ainda terá que se consultar a cada dois meses.

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“Eu me sinto um pouco fraco, porque eu fiquei muito tempo sem me alimentar. E, como a doença atacou de forma muita agressiva o fígado, os médicos disseram que eu vou ter que monitorar o órgão”, contou Alessandro.

Por enquanto, a Secretaria estadual de Saúde confirmou febre amarela em dois macacos encontrados mortos na área rural em São Sebastião do Alto e Campos dos
Goytacazes. 

Macacos não tinham a doença

A Secretaria de Estado de Saúde divulgou ontem que o resultado da contraprova, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em amostras de cinco macacos encontrados mortos no Rio em outubro do ano passado, deu negativo para febre amarela. Portanto, segundo o órgão, “não há qualquer evidência da circulação do vírus da febre amarela no município do Rio, onde não há casos de febre amarela confirmados – seja em macacos ou em humanos.”

A pedido do Governo do Estado, a Fiocruz realizou testes de imunohistoquímica, uma das técnicas utilizadas para diagnóstico da doença tanto em humanos quanto em animais. O laudo se contrapõe ao resultado da análise feita pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que havia dado positivo para a doença. As amostras dos primatas, quatro micos e um macaco-prego, foram enviadas para lá depois que a primeira análise da Fiocruz apontou resultado “inconclusivo”.

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