O trânsito nas ruas e avenidas de São Paulo ficou mais seguro em um ano. Entre 2015 e 2016, o número de mortes provocadas por acidentes caiu 15% e recuou de 1.119 para 950 casos.
As estatísticas foram divulgadas ontem e são do Infosiga, banco de dados do governo do Estado que reúne nove secretarias, da Saúde aos Transportes, e compila dados de acidentes e
o perfil das vítimas.
O ritmo da redução das mortes na capital foi quase três vezes maior do que no restante do Estado, que viu o índice baixar 5,6%. O total de óbitos no trânsito na soma dos municípios paulistas caiu de 6.066 para 5.727.
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O ano de 2016 foi o primeiro cheio em que as principais medidas do Programa de Proteção à Vida, tomadas a partir de 2013, pela gestão passada, de Fernando Haddad (PT), funcionaram em conjunto na capital.
A redução da velocidade para 50 km/h nas vias arteriais só foi intensificada em 2015, junto com a diminuição dos limites nas marginais, que começou a valer em julho do mesmo ano.
É quase consenso que as ações beneficiaram a segurança no trânsito, mas com auxílio de outros fatores: o aumento do número de radares na capital e a crise econômica nacional, que restringiu o uso do carro em todo o país – o que ajuda a explicar a queda no número de mortes em outros locais
Marginal ficará mais veloz e segura, diz secretário
O Conselho Municipal de Transporte e Trânsito se reuniu ontem para tratar do programa Marginal Segura, que vai elevar as velocidades máximas na Pinheiros e Tietê e entrará em vigor na próxima quarta-feira, no aniversário de São Paulo. Parte do colegiado é contra.
Questionado se a mudança não fará crescer o número de acidentes, o secretário de Transportes e Mobilidade, Sérgio Avelleda, afirmou que não trabalha com profecias. O titular da pasta disse que a segurança será reforçada com a presença de mais fiscais e câmeras de monitoramento, além da repressão ao comércio ambulante nas pistas. Segundo Avelleda, cruzar as duas marginais fora do horário de pico ficará 15 minutos mais rápido. O prefeito João Doria (PSDB) já afirmou que não vai elevar a velocidade máxima nas demais vias em que ela foi reduzida.
E nem tinha chovido ainda
Era por volta das 12h de ontem quando os semáforos no cruzamento das avenidas Rebouças, Henrique Schaumann e Brasil (zona oeste) se apagaram. A falha provocou nó na região e exigiu paciência dos motoristas. A CET informou que houve pane elétrica, mais tarde corrigida pelos técnicos.