Mesmo com o cancelamento da greve dos motoristas e cobradores de ônibus, o transporte público da capital deverá ter mais paralisações nesta semana. Os sindicatos prometem parar os serviços de metrô, por 24 horas, e de trem, por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira.
Segundo o secretário-geral do sindicato dos metroviários, Alex Fernandes, o Metrô quer reduzir direitos da categoria, como o adicional noturno, que atualmente é de 50%, e o percentual de horas extras, hoje em 100%.
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Entre as reivindicações estão a reposição da inflação, de 10,82%, mais 6,59% de aumento real, além de reajustes nos benefícios de alimentação e refeição. “Os números vêm sendo apresentados desde o dia 6 de maio, porém o Metrô ainda não trouxe nenhuma proposta para o sindicato.”
Caso a greve seja deflagrada, todas as linhas do metrô param, com exceção da Linha-4 Amarela, que é privatizada. As manifestações começam hoje: os funcionários irão trabalhar com coletes com dizeres contra a privatização.
Segundo o secretário-geral, na quarta-feira o Metrô irá apresentar os valores da reposição salarial. Se não houver acordo, mais uma paralisação voltará a acontecer depois do feriado. Procurado pela reportagem do Metro Jornal, o Metrô não se pronunciou.
Ferroviários
Também reivindicando melhorias salariais, os funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) devem cruzar os braços a partir de amanhã por tempo indeterminado, segundo comunicado dos sindicatos que representam a categoria.
De acordo com a entidade, só com a reposição da inflação os funcionários pleiteiam 11,08%, mas a companhia estaria disposta a pagar índice menor e parcelado.