Na cabeça dos servidores públicos de Minas Gerais, o questionamento é um só: quando e como será pago 13º salário deste ano? Na quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas (Sindpúblicos-MG) informou que irá se reunir com o governo na semana que vem para definir qual a data e a forma de pagamento.
Ainda sem saber de onde tirar o dinheiro para pagar os funcionários, o governo havia informado que o anúncio sobre o pagamento seria feito até o fim do mês passado, o que não ocorreu. Segundo o Sindpúblicos-MG, o Governo de Minas aguarda recursos gerados com tributos pela repatriação do dinheiro de brasileiros no exterior para sanar o problema. A venda da folha de pagamento dos servidores ao Banco do Brasil também é uma medida que está sendo tomada, mas que não foi confirmada até o momento.
De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a remarcação do anúncio do 13º se deve ao fato de o governo ainda estar fazendo as contas para definir como poderá pagar o salário adicional Além da data, será decidido se os valores serão parcelados ou creditados de forma integral.
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Na reunião, os sindicatos também estão na expectativa de saber as datas dos pagamentos dos salários de janeiro, fevereiro e março. Pelos problemas de caixa, a possibilidade do escalonamento dos pagamentos ser mantido é grande.
A medida, que começou a valer em fevereiro deste ano, foi tomada por conta da crise econômica enfrentada pelo governo do Estado. Na época, a previsão era que o escalonamento seria feito apenas até o dia 7 de abril.
A folha de pagamento consome anualmente R$ 3 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões com os servidores do Executivo e R$ 500 mi com os servidores dos demais poderes.
Protesto
Ontem, servidores da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG) fizeram uma paralisação de 24 horas para protestar contra a demora do governo em negociar a pauta de reivindicações da categoria. Em Belo Horizonte, cerca de 300 pessoas participaram de uma manifestação realizada em frente ao prédio da SEF-MG, no Lourdes.
Em nota, a SEF-MG disse que “considerando-se as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado de Minas Gerais, e em observação à Lei de Responsabilidade Fiscal, não é possível, no momento, atender às reivindicações referentes às questões salariais”.