A Justiça absolveu o prefeito de São Paulo Fernando Haddad no processo que o acusava de improbidade administrativa no caso da “indústria das multas”.
O Ministério Público acusava o petista de instalar radares só para aumentar a arrecadação e de usar indevidamente o dinheiro das infrações. A juíza Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira, da Quinta Vara da Fazenda Pública, considerou, no entanto, que o prefeito não teve responsabilidade.
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A decisão foi tomada na quinta-feira (15) e também absolveu o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. A sentença também considerou inocentes da acusação de improbidade os ex-secretários de Finanças Marcos de Barros Cruz e Rogério Ceron Oliveira.
A magistrada entendeu que a verba do Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito não poderia ser usada para pagar funcionários da CET e nem ser destinada para a construção de terminais de ônibus e ciclovias; a Prefeitura alegava que outras gestões já haviam feito o mesmo.
Carmen Cristina, contudo, decidiu que não houve prejuízo aos cofres do município e também não houve intenção ou culpa por parte dos agentes públicos.
Na sentença, a magistrada disse que o Ministério Público não comprovou que houve em São Paulo a chamada «indústria das multas». Segundo ela, o próprio MP não manifestou interesse em indicar quais radares estariam instalados de forma inapropriada, apenas para multar e também não pediu que fossem feitas perícias nos aparelhos.
A juíza também negou que tenha havido irregularidade no uso do dinheiro das multas para pagamento da GCM com convênio que permite à Guarda fiscalizar o trânsito.