Da central de monitoramento em que observa o trânsito de São Paulo, a CET só é capaz de saber se há problemas de funcionamento em dois a cada dez semáforos instalados na capital paulista.
Isso porque apenas 1.179 dos 6.387 sinais de trânsito da cidade de São Paulo, os que são chamados pela companhia de inteligentes (18% do total), são controlados eletronicamente e avisam em tempo real a ocorrência de falhas, que podem ser resolvidas até remotamente.
Para fazer a manutenção de todo restante, a CET depende de informações de motoristas e pedestres para descobrir se há panes, quedas de energia ou se fios foram furtados. Só daí providencia o conserto, que precisa ser feito no local.
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Por dia, em média, 70 semáforos param de funcionar na capital, a maioria por problemas na rede elétrica e outros também porque são antigos, segundo a CET.
“A cidade sofre com as deficiências desse sistema, que gera insegurança no trânsito”, afirmou na quinta-feira (23) o secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Para começar a resolver parte dos problemas, a CET lançou ontem edital de R$ 81 milhões para contratar empresas para fazer a manutenção dos faróis.
Entre as novas regras está a exigência de que os sinais que apresentarem falhas de funcionamento sejam reparados no prazo médio de até duas horas.
A licitação prevê serviços como a troca de peças e a instalação de dispositivos no-break (que garantem o funcionamento em casos de queda de energia) e estão hoje só em 1,8 mil sinais.
Segundo Avelleda, a expectativa é de que o processo seja concluído em 45 dias. “Com a assinatura dos contratos, haverá um novo patamar de manutenção dos semáforos.”
A informatização do serviço, que vai permitir que maior número de sinais de trânsito seja monitorado, será alvo de outro edital, a ser lançado em breve, de acordo com Avelleda.