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Gasto com presente para criançada deve cair 40% no ABC Paulista

Não adianta choro nem manha: a crise econômica deve impactar neste ano até mesmo no presente do Dia das Crianças, comemorado nesta quarta-feira. É o que indica a Pesquisa de Intenção de Compra realizada pela Universidade Metodista.

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De acordo com o levantamento, que utilizou 814 entrevistas nas sete cidades do ABC, o consumidor da região está disposto a gastar R$ 100 com presente para a data. É o menor valor desde o início da publicação da pesquisa, em 2011, quando a previsão era de R$ 114,10.

Na comparação com o ano passado, quando o gasto programado era de R$ 153,40, a queda real é de 40% se descontada a inflação de cerca de 9% acumulada no período.

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O ano das lembrancinhas para as crianças fica evidente também quando a questão é qual o fator decisivo para a compra do presente. Em 33,4% dos casos, na liderança da lista, os entrevistados responderam que o preço do produto é determinante. No ano passado, o motivo preponderante, com cerca de 40% das respostas, foi o desejo da pessoa a ser presenteada.

Segundo a coordenadora do curso de ciências econômicas da Metodista, Silvia Okabayashi, deve-se levar em conta para o resultado ruim os cenários regionais de restrições, como a taxa de desemprego medida pelo Seade atingindo em agosto 16,4% da PEA (População Economicamente Ativa). A inflação oficial já acumula 8,97% até agosto, impactando negativamente no poder de compra do trabalhador do ABC.

De olho no preço

E se economizar é a palavra para a data, o consumidor vai precisar de muita pesquisa para chegar lá. De acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira pelo Procon de São Caetano, a diferença de preços de um mesmo produto em lojas diferentes pode chegar a até 150%.

Foram pesquisados 113 itens, como brinquedos, jogos e bicicletas, em três estabelecimentos diferentes. A maior variação de preço foi encontrada no Hulk da Marvel, vendido entre R$ 99,99 e R$ 39,99, diferença de 150%. Veja na arte ao lado outros brinquedos.

O Procon alerta para, além do preço, o consumidor ficar atento a indicação de faixa etária, composição do produto, instruções de uso, identificação do fabricante e eventuais riscos que possa apresentar à criança. Outra dica é não deixar de considerar o interesse e o perfil da criança.

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