O aumento de 3,1% no índice de furtos em São Paulo neste semestre pode ser considerado apenas ligeiro se comparado ao avanço desse mesmo crime em bairros da zona oeste da capital.
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De janeiro a junho deste ano, nas delegacias que atendem as regiões dos Jardins (78ºDP), Perdizes (23ºDP) e Pinheiros (14ºDP), o crescimento chegou a 46% se confrontado com período igual em 2015. Só nos Jardins, a média de furtos passou de 16 para 23 casos por dia.
Quem circula pela rua Oscar Freire conta que o começo da manhã e o período da noite são os momentos mais perigosos, com maior registro de ocorrências. “Tem gente furtando lojas ou pessoas nas ruas. As vias do entorno são mais vazias e escuras e os bandidos conseguem fugir”, disse a vendedora Raphaella Mourão, 23 anos.
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Por isso, a queixa mais frequente na região é em relação ao policiamento. “Não é suficiente. De dia, os seguranças das lojas intimidam, mas à noite as lojas fecham e as pessoas ficam mais vulneráveis”, afirmou o vendedor Osvaldo Nogueira, 42 anos.
A AME Jardins, associação dos moradores do bairro, diz que tem feito parceiras com a Polícia Militar para coibir a criminalidade, mas lamentou a ausência da Operação Delegada – convênio entre governo e prefeitura que coloca mais policiais nas ruas. “O programa acabou por aqui, infelizmente”, afirmou o diretor-executivo João Maradei Jr..
A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que as polícias têm desenvolvido ações conjuntas para reduzir os crimes nos Jardins. “O policiamento foi reforçado e resultou no aumento da produtividade: nos seis primeiros meses deste ano, foram detidas 638 pessoas em flagrante, 33% a mais do que em 2015.”
