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Estradas de São Paulo estão entre as mais inseguras do mundo

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O Brasil foi incluído em outubro – e mantido em novembro – em relatório mensal que lista as estradas mais perigosas do mundo para transporte de carga.

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Quatro trechos foram citados: São Paulo-Curitiba e São Paulo-Rio, na BR-116, e Brasília-Santos (BR-050, até entrar em São Paulo, e SP-330, a rodovia Anganguera, até voltar a ser BR-050 e chegar ao Porto de Santos).

A lista é elaborada pelo JCC (Joint Cargo Commitee), um comitê de empresas e entidades que avaliam o risco do mercado de seguros (nesse caso, de carga), em Londres, na Inglaterra.

Segundo o comitê, “o roubo de carga figura entre as principais atividades do crime organizado no Brasil, auxiliado por um consolidado mercado negro para produtos roubados, que algumas vezes inclui receptadores não clandestinos”.

Os quatro trechos estão  classificados como de “alto risco”, com nota de 3,4 em escala de 1 a 10. Quanto maior a nota, menor a segurança. Estradas acima de 6,5 são de “risco extremo”.

As estradas mais perigosas, com nota acima de 5, estão em zonas de guerra, como Síria, Iêmen e Líbia. A nota do Brasil é comparável a rodovias no México (3,6) dominadas pelo narcotráfico.

O Anuário de Segurança Pública de 2016 acusa um aumento de 12,23% nas ocorrências de roubo de carga entre 2014 e 2015, que teve 18.491 casos.

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A explosão de roubos tem estimulado o ramo do gerenciamento de riscos. As seguradoras fazem diagnóstico para definir os melhores trajetos, horários e valores para as empresas transportarem suas cargas. “O foco é na prevenção”, diz o diretor da Sompo Seguros Adailton Dias.

Segundo o especialista,  a variedade de produtos visados pelas quadrilhas aumentou. “Para o transporte de algumas cargas, como a de cigarro, as empresas nem aceitam fazer seguro. Outras, como de eletrônicos e medicamentos, são consideradas de alto risco. Mas tem havido muito roubo de mercadorias básicas, como papel higiênico.”

Para ele, a crise econômica tem piorado a situação. “O número de desempregados abriu oportunidades para o crime”, afirmou.

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