O comportamento dos motoristas de ônibus da capital lidera o índice de reclamações feitas por passageiros durante o ano passado.
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Segundo dados SPTrans, das 48.271 reclamações recebidas em 2016, 46% (pouco mais de 22 mil) são relacionadas a ações dos condutores dos coletivos.
Ainda de acordo com as estatísticas da companhia, a segunda reclamação mais comum é sobre o longo intervalo de espera entre um ônibus e outro, seguida do descumprimento de partidas programadas.
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Os números parecem refletir a insatisfação manifestada nas ruas pelos passageiros. O cozinheiro Jair Duarte, 63 anos, costuma pegar ônibus que vai para o bairro da Lapa, na zona oeste, e diz presenciar frequentemente motoristas que faltam com a educação com os passageiros. “Para mim, esse é o maior problema.”
A cabeleireira Kauana Dias, 19, também disse que costuma ver motoristas que agem de maneira grosseira, fechando a porta do ônibus antes da saída de todos os passageiros que desejam descer, por exemplo.
Além disso, a cabeleireira acredita que o número de passageiros que se incomodam com a má conduta dos motoristas é maior do que o total de reclamações oficialmente registradas. “Muita gente nem sabe que existe um canal por onde podemos reclamar.”
Não é de hoje
De acordo com os dados da SPTrans, o transtorno da população com relação aos condutores já liderava a lista de queixas no ano passado, quando o problema representava índice ainda maior de reclamações – 50% das quase 48,4 mil recebidas.
Procurado pelo Metro Jornal, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo não se pronunciou sobre o assunto.
Já a SPTrans afirma que “trabalha ininterruptamente para que o sistema municipal de transporte coletivo seja mais seguro e eficiente” e que as mensagens recebidas são utilizadas para o aprimoramento do sistema.
Os usuários podem registrar reclamações no site www.sptrans.com.br/SAC ou pelo telefone 156.