São Paulo tem diversas favelas. Para ser exato, são 2.108, mas só uma está encravada entre os shoppings e os prédios luxuosos da valorizada região da Vila Olímpia.
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É lá, em uma vielinha da movimentada rua Funchal, que está localizada a comunidade Coliseu, formada há pouco mais de 50 anos, quando o entorno tinha muito brejo e nada de arquitetura moderna. Ali vivem hoje 200 famílias.
O terreno tem 4.348 mil metros quadrados. Levando em consideração que o preço médio do metro quadrado na região – o quinto mais caro de São Paulo – está avaliado em R$ 12,4 mil pelo índice FipeZap, a área pode valer cerca R$ 54 milhões.
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A partir de terça-feira, a Prefeitura Regional de Pinheiros fará ações de limpeza no local para remover cerca de 70 barracos que já estão desocupados e para livrar a comunidade de pragas como ratos e insetos.
Na sexta-feira, Sabesp e Eletropaulo estiveram no local para fazer avaliações.
Junto com a limpeza, voltaram as promessas do Poder Público de urbanizar a “favela milionária” e erguer ali moradias populares para os seus 700 habitantes.
O prefeito regional Paulo Mathias afirmou ao Metro Jornal que espera “resolver o problema o mais rápido possível”, mas admitiu que ainda não tem prazo estimado para iniciar as construções.
Segundo a Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), o plano é erguer 272 moradias populares. A área é particular e ainda está em processo judicial de desapropriação.
A ideia é incorporar a vielinha – a rua Coliseu – ao terreno, o que vai fazer com que a área da comunidade ganhe mais 1,2 mil metros quadrados (que podem valer R$ 15 milhões) e passe a ter o CEP da rua Funchal.
Promessas
Essa não é, porém, a primeira vez que os moradores ouvem isso. A urbanização da comunidade é parte do projeto de operação urbana Faria Lima e consta no plano municipal de habitação pelo menos desde 2010, na gestão Gilberto Kassab (então no DEM).
Em 2014, o prefeito Fernando Haddad (PT) chegou a liberar R$ 40 milhões para o projeto. A previsão era iniciar as obras em 2015.