As fortes chuvas que atingiram a capital paulista nos últimos dias geraram muitos transtornos para os moradores. Córregos transbordaram, árvores caíram e vários bairros da capital ficaram sem luz. Entretanto, as chuvas de junho serviram para beneficiar os reservatórios que abastecem a Grande São Paulo.
Nos seis primeiros dias do mês, cinco dos seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo registraram mais água acumulada do que a média histórica para todo o mês. No Sistema Cantareira, por exemplo, foram 129,8 mm de chuva nos seis primeiros dias do mês, enquanto a média histórica de junho inteiro é de 58,1 mm.
No Sistema Guarapiranga, que opera com 91,9% de sua capacidade, a pluviometria acumulada é de 81,2mm ante a média de 53,5mm; no Alto Cotia com nível em 105,3% da capacidade, o volume de chuva atingiu 154,2mm ante a média de 56,9mm; no Rio Grande com nível de armazenamento em 83,6%, a captação de chuva soma 113,4mm quase o dobro do esperado (60mm); e, no Rio Claro com nível em 103,1% da capacidade, as cheias acumulam 141,6mm ante 97,5mm do esperado.
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Previsão
O tempo deve melhorar a partir de quarta-feira na capital paulista, já que, segundo o Inmet, há possibilidade de chuva apenas na terça. A tempestade vai embora, mas o frio poderá ficar mais intenso. Durante a semana, as temperaturas máximas terão uma leve elevação – de 17ºC terça-feira para 19ºC na sexta-feira. Já as mínimas deverão cair de 13ºC para 6ºC.
Temporal alaga vias e derruba árvores em SP
Um forte temporal provocou alagamentos, quedas de árvores e colocou toda a capital em estado de atenção na tarde de ontem. Ao menos 50 árvores caíram, segundo o Corpo de Bombeiros.
O bairro mais afetado foi o Ipiranga, na zona sul. Às 17h45, o transbordamento do córrego de mesmo nome, na altura da praça Leonor Kaupa, fez com que o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) colocasse a região em estado de alerta.
No Morumbi, também na zona sul, a prefeitura registrou alagamento intransitável na marginal Pinheiros, na altura da ponte Caio Pompeu de Toledo. Na avenida que leva o nome do bairro, houve queda de muro e postes. Um alagamento prejudicou a fluidez do trânsito e obrigou a interdição de uma faixa.
Na zona leste, uma pessoa ficou ilhada dentro de casa durante um alagamento no Itaim Paulista.
A chuva prejudicou também o funcionamento do transporte público e fez os trens da linha 5-Lilás do metrô circularem em velocidade reduzida. Os demais ramais operaram normalmente, assim como as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito em São Paulo chegou a 124 km, por volta das 18h45, e ao menos 32 semáforos deixaram de funcionar.
No aeroporto de Congonhas, zona sul, os pousos e decolagens não foram interrompidos, mas um esquema especial de luzes e ondas de rádio precisou ser utilizado para auxiliar os pilotos entre as 16h50 e as 17h30, quando o terminal operou por instrumentos
Temporal com ventos de até 130 km/h leva destruição a Jarinu, no interior
Temporal de chuva forte e ventos de até 130 km/h provocou a morte de uma mulher e deixou 50 pessoas feridas em Jarinu, região de Jundiaí,
na noite do anteontem. A tempestade – que o Cepagri (Centro de Pesquisas Avançadas Para Agricultura) da Unicamp classificou como microexplosão – provocou estragos por toda a cidade.
Pelo menos 60 lojas foram atingidas, 54 casas acabaram destelhadas pela força do vento, 50 árvores centenárias foram arrancadas e 22 muros e 12 postes foram derrubados.
Duas carretas de 18 toneladas tombaram com a força do vento e placas de alumínio que cobriam galpões se desprenderam e voaram a vários metros de distância.
Uma bomba de gasolina foi arrancada e atirada a 20 metros da base. A enfermeira Cleonice Souza, 48 anos, morreu depois de ter sido atingida por materiais que se soltaram, provavelmente, de um ponto de ônibus. Quatro dos feridos graves foram levados para o hospital São Vicente, em Jundiaí e apenas um deles permanece internado.
O prefeito Vicente Zacan (PSB) decretou estado de emergência. Ontem, no final da tarde, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) visitou as áreas atingidas e prometeu empenho na liberação de recursos.