O Aeroporto Internacional Salgado Filho terá pista de decolagem e pouso, estacionamento, pátio de aeronaves e terminal de passageiros ampliados. As mudanças constam do edital de concessão que oferece a administração do local à iniciativa privada. O documento, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e anunciado ontem pelo Planalto, terá validade de 25 anos – com opção de ser prorrogado por mais cinco – e prevê investimento mínimo de R$ 1,9 bilhão no período.
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A pista será ampliada em 920 metros, alcançando 3,2 mil metros. As obras devem durar pouco mais de quatro anos. Já o edifício-garagem terá um total de 4,3 mil vagas, enquanto o pátio de aeronaves chegará a ter 14 pontes e oito posições remotas.
No edital, não está vinculada a concessão com a construção de um novo aeroporto – no caso, o já comentado 20 de setembro, em Portão, no Vale do Sinos. Durante a apresentação do documento, em Brasília, o secretário de Política Regulatória do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Rogério Coimbra, apenas disse que um novo aeroporto deverá ser construído no futuro. Isso porque a Anac estima que o número de passageiros, que em 2015 era de 8,4 milhões por ano, aumentará para 22,84 milhões em 2042.
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A privatização, como não poderia ser diferente, foi celebrada pelo empresariado gaúcho. Segundo o diretor executivo da Agenda 2020 (movimento composto por empresários para elaboração de propostas para o Estado), Ronald Krummenauer, o aumento da pista poderá duplicar o movimento anual de aeronaves até 2020.
O edital – que ainda inclui os aeroportos de Florianópolis, Salvador e Fortaleza – será publicado hoje no “Diário Oficial da União”. O leilão ocorrerá na Bolsa de Valores de São Paulo em 16 de março de 2017. A oferta inicial para o Salgado Filho deverá ser de no mínimo R$ 31 milhões (25% à vista sem considerar o ágio).
