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40% dos mortos no trânsito de São Paulo tinham bebido, diz pesquisa

Álcool e direção: combinação fatal. Assim foi no caso de 40% das vítimas que morreram em acidentes de trânsito na capital entre junho de 2014 e dezembro de 2015, segundo estudo conduzido por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, baseado em dados de 365 autópsias realizadas no IML (Instituto Médico Legal).

A pesquisa mostrou ainda que, se fossem considerados apenas os dados de motoristas e passageiros dos veículos envolvidos nos acidentes com mortes, excluindo os pedestres atingidos, o índice chega a quase 60%.

A pesquisa foi conduzida no pós-doutorado do pesquisador Gabriel Andreuccetti, 33 anos, com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Segundo ele, uma metodologia garantiu que a amostra era representativa. “Sabemos que há diferença entre os dias de semana nas mortes ocorridas por causas externas. Por exemplo, há mais registros nos fins de semana. Então, se coletar tudo num dia só, não vai ser representativo da realidade.”

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Por isso, a equipe coletou dados de vítimas mortas em diferentes dias da semana.

Para Andreuccetti, o estudo pode servir para mostrar que há como gerar uma base de dados sobre a situação para que haja melhor avaliação ao longo do tempo.

Levantamento publicado pelo Metro Jornal no último dia 3 de novembro mostrou que a PM dobrou as blitze da Lei Seca na capital entre janeiro e agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado – passando de 976 em 2015 para 1.975 em 2016.

A reportagem mostrou ainda  que a recusa dos motoristas  em se submeterem ao bafômetro subiu 256% no mesmo período. Nessas operações, o flagrante de motoristas que tinham bebido caiu 30,8%. 

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