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Racismo francês me custou uma vaga na Euro 2016, diz Benzema

Fora da Eurocopa da França, Karim Benzema criticou a decisão do técnico Didier Deschamps de não tê-lo convocado para o torneio. Apesar de o motivo oficial ser o envolvimento do atacante na acusação de chantagem sobre o também jogador Valbuena, o artilheiro do Real acusa o treinador de ter “cedido à pressão da parte racista da França”.

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“Ele (Deschamps) cedeu à pressão da parte racista da França. Ele tem que saber que na França o partido extremista chegou no segundo turno nas duas últimas eleições. Eu não sei, entretanto, se é uma decisão somente de Didier porque eu estive com ele, com o presidente, como todo mundo. Eu não tenho problemas com ninguém. Estou com a França e os quero bem”, disse Benzema, filho de argelinos.

O sempre polêmico Eric Cantona foi mais duro em suas críticas e também defendeu Hatem Bem-Arfa, descendente de tunisianos, que mesmo tendo feito uma temporada espetacular na Ligue One, foi mais um nome esquecido na convocação para a Euro.

“Deschamps, ele tem um nome realmente francês. Provavelmente é o único na França a ter um nome verdadeiramente francês. Ninguém em sua família se miscigenou com alguém, como os Mormons na América.”

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“Então, não estou surpreso com a situação vivida por Benzema. Especialmente depois de Manuel Valls (Primeiro Ministro francês) dizer que ele não deveria jogar pela França. E Bem Arfa deve ser o melhor jogador na França atualmente. Mas eles possuem suas origens. Estou apto a pensar sobre isso”.

A lista, porém, conta com Adil Rami e Bacary Sagna, descendentes de árabes assim como Benzema e Ben-Arfa, além de uma porção de jogadores com pais africanos: Steve Mandanda (Congo), Samuel Umtiti (Camarões), Patrice Evra (Senegal), Paul Pogba (Guiné), Matuidi (Angola), N’Golo Kanté (Mali) e Moussa Sissoko (Mali).

 

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