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Twitter anuncia suspensão de quase 377 mil contas pró-terrorismo

Apenas um dia antes do ataque ao parlamento britânico, que aconteceu nesta quarta-feira (22) em Londres e que resultou em três mortes, o Twitter anunciou que suspendeu 376.890 contas no segundo semestre do ano passado suspeitas de promoverem terrorismo ou de estarem relacionadas a grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI, ex-Isis), cerca de 63 mil por mês.

Em relatório, a rede social afirmou que nos seis primeiros meses do último ano o número de contas excluídas foi de cerca de 235 mil e que, desde 2015, quando o estudo começou a ser realizado pelo microblogue, 636.248 usuários foram impedidos de continuarem a publicar na plataforma.

As suspensões foram realizadas a partir de um filtro interno criado especificamente para o site. Segundo o Twitter, 74% das mais de 376 mil contas excluídas no segundo semestre de 2016 foram bloqueadas por instrumentos anti-spam, com um pico depois dos ataques terroristas. Além disso, apenas 0,015% das suspensões foi ordenada pelo governo norte-americano. Durante os últimos seis meses do ano passado, o Twitter afirmou ter recebido 88 mandatos judiciais de todas as partes do mundo para que conteúdos postados por publicações e jornalistas «renomados» fossem retirados do ar.

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No entanto, a companhia norte-americana disse que «na maioria das vezes» não tomou nenhuma medida, com exceção de alguns casos da Alemanha e da Turquia, responsável por mais de 80% das solicitações. «Não existe um algoritmo mágico para identificar conteúdos terroristas na internet. Mas continuaremos a usar instrumentos tecnológicos para integrar os relatórios dos usuários. Nos últimos seis meses, esses instrumentos nos ajudaram a identificar automaticamente mais de um terço das contas que suspendemos por promoção do terrorismo», afirma a rede social em um comunicado.

Em 2015, um estudo da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, havia divulgado que a rede social era um dos principais canais de comunicação de grupos terroristas, principalmente do EI. Já em agosto do ano passado, o Comitê de Assuntos Internos do Reino Unido acusou o Twitter, junto ao Youtube e ao Facebook, de estar «conscientemente falhando» em impedir a propaganda desses grupos nas suas plataformas e que o site é um espaço para que novos terroristas sejam recrutados.

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