Como viver sem WhatsApp? É o que vão se perguntar seus milhões de usuários brasileiros, pois a Justiça paulista ordenou a operadoras de telefonia móvel o bloqueio do aplicativo WhatsApp, pelo período de 48 horas, já valendo desde a 0h desta quinta-feira. Aliás, usuários da Vivo já relatavam estar sem o serviço desde as 23h20 de quarta.
E nem adianta apelar para o wi-fi: o app está proibido também nas redes sem fio e até em sua versão web.
A decisão foi da juíza Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª Vara Criminal de São Bernardo, em um procedimento criminal que corre em segredo de Justiça – o autor da ação não foi divulgado.
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Segundo a juíza, a decisão foi tomada porque o WhatsApp não atendeu a uma determinação judicial de 23 de julho de 2015. Em 7 de agosto de 2015, a empresa foi novamente notificada.
Como, ainda assim, a empresa não atendeu à determinação, o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas, com base na lei do Marco Civil da internet.
O escritório do Facebook no Brasil não comentou o assunto – apesar de ser dona do app, a companhia o trata como um negócio separado. Até o fechamento desta edição, às 0h, o WhatsApp não havia se pronunciado nem dito se iria recorrer. As teles, por meio do Sinditelebrasil, afirmam que cumprirão a determinação judicial.
Mas isso vai levar ao desespero milhões de brasileiros e o Emoji ao lado vai expressar o sentimento dessa legião de fãs e usuários.
O aplicativo é o mais usado no país, segundo pesquisa do Ibope Inteligência divulgada nesta semana. Dos 2 mil entrevistados, 93% disseram ter o mensageiro instalado no celular.
A consultoria Teleco disse em junho que apps como o WhatsApp haviam derrubado a quantidade dos minutos falados ao telefone e dos SMS enviados pelos brasileiros no começo do ano.
Sentido-se prejudicadas, as teles cobravam do governo uma regulamentação dos apps de voz.
Mas o sindicato do setor diz não ser o autor da ação que tirou o aplicativo do ar.