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Investidor deve ficar atento a prazos, taxas e impostos, diz especialista

Além da rentabilidade oferecida pela instituição financeira, o investidor deve ficar atento ao valor inicial, prazo e custos com taxas e impostos para escolher a melhor opção de renda fixa. A pedido do Metro Jornal, o diretor da Easynvest, Amerson Magalhães, fez simulações do retorno de um investimento de R$ 5 mil em poupança, Tesouro Selic, LCI e CDB nos prazos de um ano e dois anos.

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Considerando a Selic de 14,25% ao ano e o CDI de 14,13%, o CDB seria a opção mais rentável. Mas, segundo Magalhães, para conseguir essa rentabilidade, o dinheiro aplicado deve ser maior.

Grandes bancos de varejo oferecem remuneração média de 85% a 90% do CDI para seus CDBs, taxa que vai variar de acordo com o valor investido. Para um ganho de 113% do CDI, como o simulado, o rendimento ao final de um ano seria de 15,96%. Se a remuneração for de 90% do CDI, o retorno cairia para 12,71%.

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“Daí o Tesouro Selic vale mais a pena”, diz Magalhães.

Uma dica para investir em CDB é procurar bancos de menor porte ou corretoras, que costumam oferecer remunerações superiores em comparação com grandes instituições. A vantagem das corretoras, que  negociam em grande escala com vários bancos, é já apresentar diversas opções de taxas.

Além disso, Magalhães explica que o dinheiro aplicado no CDB usado como exemplo precisa ficar investido até o final do prazo de carência. “Não tem liquidez diária. O investidor só vai resgatar em um ou dois anos”, explica.

Já quem decidir aplicar no Tesouro Selic deve ficar atento à possível cobrança de taxas de administração pelas instituições financeiras, além da taxa de custódia de 0,30% ao ano da BM&FBovespa.

Há instituições que não cobram taxas, mas elas podem variar de 0,1% a 0,5% em alguns bancos e corretoras. No caso do Tesouro Selic, a cobrança de uma taxa de 0,5% representaria uma despesa adicional de R$ 25 em um ano de aplicação, diz Magalhães.

Tanto os títulos do Tesouro como os CDBs têm ainda incidência do Imposto de Renda. A alíquota vai de  22,5% a 15%, conforme o prazo de investimento. Quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será o imposto pago.

Uma das maiores vantagens das letras de crédito LCI e LCA é a isenção do Imposto de Renda. Com isso, o investidor não precisa ter a mesma preocupação com prazo para pagar menos imposto como teria com o CDB, por exemplo. Em um ano, o IR cobrado no CDB seria de 17,5%. Em 6 meses, descontaria 20%. “Quanto mais curto prazo, a LCI tem maior chance de ser mais vantajosa”, diz.

A diferença no retorno da LCI também passa pela escolha da instituição, que pode ou não  cobrar taxa de custódia. Assim como o CDB, a aplicação deve ser levada até o final do prazo.

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