Uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que a maioria dos jovens brasileiros é impulsivo na hora da compra. Segundo o levantamento, 77% dos entrevistados, com idade entre 18 e 30 anos, já se arrependeram ao comprar o que não precisavam.
Além disso, o consumo é valorizado pela maioria dos jovens: 86% afirmam que comprar aquilo que querem é uma das grandes alegrias da vida, e 75% dizem que o objetivo na vida é trabalhar muito para poder adquirir bens como carro, celular e roupas, entre outros.
Por mais que 79% digam não se importar com marcas na hora da compra, mas sim com a qualidade do produto, quatro em cada dez jovens afirmam que os bens que a pessoa possui mostram seu estilo, personalidade e valores (38%), enquanto 36% também valorizam quando a pessoa chama atenção por onde passa por conta de estilo de vida e coisas que possuem.
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Em alguns casos, o consumismo gera comportamentos inadequados, como brigar com parentes pela forma como gastam seu dinheiro (23%) e deixar de pagar contas para adquirir um item desejado (19%).
Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, alerta que é importante que o jovem identifique e elimine desde cedo atitudes que possam trazer endividamento, atrasar e até mesmo inviabilizar a realização de sonhos importantes.
“A pessoa pode aproveitar a vida, fazer uma grande viagem e financiar os estudos, desde que defina quais são as prioridades. A partir de então, é importante disciplina para atingir um objetivo de cada vez e evitar fazer compras não planejadas, que podem atrasar a realização do sonho”, diz.
Consumo e educação
Os itens de maior demanda de consumo para os próximos três meses são roupas (62%), calçados (48%) e cosméticos ou perfumes (44%). Entre os mais caros, as preferências para os próximos 12 meses são smartphones (36%), viagens (34%) e carro ou moto (30%).
Gastos relacionados a educação estão nos planos de poucos jovens: 9% querem fazer intercâmbio ou curso de línguas fora do país, e 8% planejam uma pós-graduação ou MBA. “Com o mercado de trabalho cada vez mais exigente, o jovem deveria encarar a educação como um investimento e priorizar esse tipo de gasto no lugar de outros itens de consumo que poderiam ser adiados”, afirma Marcela.