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Assassino mexicano beira à loucura na terceira temporada de ‘Sr. Ávila’

A crueldade do Sr. Ávila começa a se transformar em loucura na terceira temporada série mexicana, que estreia domingo (24), às 21h, na HBO. Depois de matar o padre que lhe servia como guia e confidente, o personagem de Tony Dalton se converte no grande chefe do clã de assassinos de aluguel do qual faz parte. O novo cargo lhe dá novas responsabilidades e também provoca a inveja de outros senhores, o que o faz desenvolver certa paranoia – sobretudo depois de todos os seus entes queridos já terem sido mortos.

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Para se inteirar sobre o posto, Ávila conta com a ajuda de um novo personagem, Linares (Miguel Pizarro), a mão direita do antigo chefe, que vai rivalizar com Iván (Carlos Aragón). Pouco a Pouco, ele também passa a lidar com o advogado Dr. Duarte (Fernando Ciangherotti), pai da detetive Erika (Ilse Salas), com quem o sicário tinha uma relação e acabou assassinata na última temporada.

A pressão sofrida pelo protagonista o levará à beira da loucura, como revela Dalton em conversa com jornalistas durantes passagem por São Paulo, na última semana, para divulgar a série.

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Mãos sujas
«Nesta terceira temporada, Ávila sobe a um posto que não sabia nem existir. Ele não sabe para onde ir, como aquilo funciona… Uma das coisas que pensamos logo no início é que, se está no topo, ele não vai mais fazer nada, pois é o padrinho, o poderoso chefão, não é mesmo? Mas o que acontece é justamente que Ávila, diferentemente de Iván, não segue as regras. Ele suja muitíssimo as mãos. Não seria uma série sobre um assassino se não mato pessoas em todos os capítulos.»

Sem clichês
«Sempre tentamos nos afastar o máximo possível do banal e do clichê. Uma das coisas que mais gosto nos roteiros é que acontece o que você menos espera. Você acha que a história vai por um lado, do Ávila ter uma vida dupla, mas daí matam o filho dele e ele se torna um senhor [dos assassinos]. Ele não é uma pessoa que saca uma arma e ameaça. Se ele a pega, é porque vai matar. Nesta terceira temporada, pela primeira vez se veem indícios de uma psicose. Ele tem visões de seus amigos porque não tem mais com quem conversar. É um personagem à beira da loucura, e estamos apresentando isso com muito cuidado, inclusive nas tomadas, para que o espectador entre um pouco na mente de Ávila e sinta o que ele está sentindo.»

Novos personagens
«A relação de Ávila com Iván muda drasticamente. Não posso dizer nada porque estragaria, mas a entrada desse novo mão direita é interessante, porque é alguém que sabe mais que qualquer outro – ou seja, até certo ponto, ele está até mesmo acima de Ávila, pois tem todas as informações. Há também um assassino novo, e Ávila começa a buscá-lo para saber por que ele matou a policial Erika. O personagem no pai dela também é muito interessante. Ávila pensa que ele é apenas um pobre coitado que perdeu a filha, mas descobre muitas outras coisas sobre ele.»

Assassino com humanidade
«É muito fácil pegar a arma e matar alguém, mas o personagem precisa ter  uma profundidade para que você se importe com ele. Busco conferir essa humanidade mesmo que os roteiristas continuem tirando tudo dele. Já não me sobra nada! (risos) Praticamente em cada capítulo você verá Ávila conversando com mortos. Ele tem que falar com eles, tem que chorar, tem que rir. Seu mundo mudou, ele já não tem mais nada de Roberto Ávila, ele já é o Senhor. Então, nesses momentos de solidão, em casa ou na igreja, ele busca essa espécie de humanidade, apesar de ser um assassino que, em algum momento, vai matar.»

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