Deborah Colker é dessas que se empolga muito ao falar do próprio trabalho – e haja trabalho! Só neste ano, a coreógrafa reformatou o espetáculo “OVO”, concebido em 2009 para o Cirque de Soleil, e atualmente divide o tempo entre a Olimpíada do Rio, na qual atua como diretora de movimento da cerimônia de abertura, e a criação de uma nova obra para sua companhia inspirada em João Cabral de Melo Neto.
No meio disso tudo, a carioca encontrou tempo para voltar às origens com “VeRo”, espetáculo que abre a Temporada de Dança do Teatro Alfa neste fim de semana. “Está tudo muito maravilhoso. São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo”, afirma ela.
Leia também:
Evento discute formas de escrita de dança em meio a espetáculos
Coreógrafo faz leitura contemporânea do barroco para a São Paulo Cia de Dança
Recomendados
O que é a Neuroma de Morton? A doença que obrigou Letizia a ter um comportamento estranho que...
Do ‘flerte’ ao desprezo: a brutal rejeição do melhor amigo de Harry a Meghan Markle
A Princesa Leonor desafiou todos os avisos de seu pai em sua última saída à noite
“VeRo” reúne dois dos maiores sucessos do início da carreira de Colker, que ajudaram a definir a assinatura de movimentos atléticos pela qual ela ficou conhecida.
O título é uma junção dos nomes das obras em questão. “Velox” coloca bailarinos para dançarem no plano vertical, em um paredão de escalada de 7 m de altura. Já “Rota” instala no palco uma espécie de roda gigante que inspira gestos acrobáticos e vigorosos.
“‘VeRo’ traz ideias que continuam comigo até hoje, como a relação com o espaço e o questionamento da gravidade. Somos conhecidos em todo o mundo por causa desses dois espetáculos, e nós os apresentamos de novo no momento em que o Brasil está se tornando internacional. Isso me faz me perguntar se eles reafirmam quem eu sou”.
Questionada sobre o que planeja para a abertura dos Jogos Olímpicos, em 5 de agosto, no Estádio do Maracanã, a coreógrafa afirma não poder dizer muito, mas dá pistas.
“Estou misturando profissionais incríveis que vêm do parkour, da dança de rua e do hip hop com movimentos do funk, da dança de salão, do samba. Vamos contar um pouco desse Brasil, das nossas ruas, de como somos e o que queremos dizer para o mundo”, diz Colker, que vai coordenar 3 mil voluntários durante a cerimônia.
Veja o clipe do espetáculo:
Serviço:
No Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000). De ter. a qui., às 21h, sex., às 21h30, sáb., às 20h (dia 2: 16h e 20h) e dom., às 18h. De R$ 50 a R$ 150. Até 3/7.